II. Claro como cristal

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Desculpa qualquer erro, o capítulo não foi devidamente corrigido.

Boa leitura ♡

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   ᴅᴇᴘᴏɪs ᴅᴇ ᴀᴄᴏʀᴅᴀʀ ɴᴏ ᴍᴇɪᴏ ᴅᴀ ɴᴏɪᴛᴇ ᴇᴜ ɴᴀᴏ ᴅᴏʀᴍɪ ᴍᴀɪs. As imagens bizarras do sonho - ou pesadelo - que eu tive não saíram da minha mente.

   Quando clareou, minha cabeça ainda doía - e muito - mas minha mãe me bombardeou com perguntas que nem eu mesma sabia as respostas. Sorte minha que meu amigo, praticamente meu único amigo, Eric, estava lá para me contar tudo de uma vez.

   De acordo com Eric, ele estava no Mercado Espiral ajudando seu avô com a loja de relógios. O avô e avó dele são relojoeiros a décadas, assim como os bisavôs e todos da família. Infelizmente, eles estão na mesma condição miserável que nós.

   Um homem havia comprado um "relógio-cuco bege-claro" e o dinheiro não era suficiente para pagar. Eric desceu com o homem até o jardim, onde a esposa dele estava com sua carteira. O comprador estava contando o dinheiro quando viu um homem levantando uma garota do chão. Eric não demorou muito para reconhecer Anne, e, depois, eu. Ele correu até nós e viu bem de perto oque aconteceu. Jatos de água saíram de minhas mãos como se fosse algo natural. Como se fosse magia. Foi exatamente assim que ele descreveu. Quando eu desmaiei, Eric já estava lá para me segurar. Ele me levou até minha mãe, esta que fechou a loja e me trouxe para casa junto com meu amigo.

   Agora eu estou no banho, oque foi recomendando por mamãe e Eric. Anne acordou um pouco antes de mim, mas não saiu do quarto hora nenhuma. Ela deve estar traumatizada. Não deve estar entendendo nada, como eu. Sobre o homem que machucou Anne, não sabemos nada sobre ele. Eric apenas me trouxe para a loja. Ele acha que os guardas levaram o homem, mas não tenho certeza.

   Sai do banho e coloquei roupas mais confortáveis. Fui até a cozinha beber água. Estava muito ansiosa, talvez até sem motivo. Só queria entender oque estava acontecendo. Minha mãe estava na sala com Eric, eu fui até eles.

   — Está melhor pequena sereia? — Eric perguntou, com humor. Provavelmente estava tentando amenizar a situação.

   — Um pouco, e, fala sério, esse apelido não tem o menor sentido.

   Me joguei no sofá velho ao lado de meu amigo, e ele riu.

   — Relaxa, nós vamos logo descobrir oque aconteceu. Eu não vou te abandonar. — Ele falou de uma forma carinhosa. — A não ser que você seja, na verdade, uma fera antiga que ressurgiu com o plano de matar todo o reino afogado.

   — Se eu fosse, apenas a realeza me bastava.

   — Haha! Melhor você não ficar falando essas coisas, as paredes tem... — Ele deixou a frase incompleta morrer no ar quando batidas fortes na porta soaram do lado de fora.

   Minha mãe foi atender, apreensiva. Ela abriu a porta revelando um guarda alto e forte. Diferente dos guardas de Wathe, ele tinha uma armadura prata, com detalhes dourados, uma máscara que cobria sua boa e nariz e o brasão do reino no peito. Um guarda real.

   Eu me desesperei, junto com minha mãe e Eric. Oque um guarda real estava fazendo aqui? Tinha algo a ver com o acidente do Mercado Espiral?

   — Eu estou aqui para levar Lisa Carey. — A voz dele soou séria, ríspida.

   — Levar? Levar para onde? — Minha mãe perguntou surpresa.

Os Quatro Reinos: Trono Perdido.  [sendo reescrito]Onde histórias criam vida. Descubra agora