Capítulo 3

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Caroline não ligou, nem no dia seguinte ao recebimento do cartão, nem nos outros dias que se passaram. Não por que não se interessou por Klaus, mas seus dias foram bem cheios de tarefas, ela recebeu uma visita inesperada da mãe e acabou não tendo tempo livre para procurar Klaus.

Em uma noite de sexta-feira em que o bistrô estava com capacidade máxima de clientes uma das mesas havia sido reservada para Liz Forbes, ela quase nunca estava na cidade, e a filha fazia questão de que a mãe pudesse desfrutar dos sabores noturnos de Nova Orleans.

Na entrada do bistrô Liz aguardava Gia preparar sua mesa quando chegou um homem bem vestido, bonito e de péssimo humor.

Quando Gia se aproximou da recepção ele lhe disse:

- Chame a Caroline, quero falar com ela.
Liz observou o homem que ela não conhecia, mas que claramente conhecia sua filha, pensou se seria um namorado, mas Caroline não havia comentado nada, além do mais, que tipo de namorado ela teria arranjado? Bonito e bem vestido não são sinônimos para educado e agradável.

Gia por sua vez, feminista inata não gostou nada do tom de voz autoritário, olhou para Klaus dos pés à cabeça.

- Lamento Sr. Mikaelson, mas a casa está com capacidade máxima, duvido que a chef possa deixar a cozinha no momento. Posso pedir que aguarde na fila e ficarei feliz em preparar uma mesa para o senhor.

- Você está pedindo que eu espere? Klaus falou entredentes se irritando.

- Sr Mikaelson, certo? Disse Liz se aproximando dos dois.
Klaus lhe lançou um olhar torto.

- Sou a mãe da Caroline, gostaria de sentar-se comigo, minha filha vira me cumprimentar e poderá falar com ela.

Klaus quase não pode esconder a surpresa em conhecer a mãe de Caroline. Seus traços se suavizaram, ele esboçou um sorriso mais simpático, se apressando para tentar corrigir

- Sra Forbes. É um prazer conhecê-la. Desculpe-me o mal jeito, mas sua filha tem sido um tanto arisca comigo. Ele disse sorrindo lindamente e de forma habilidosa desfez a má impressão que Liz sentiu quando o viu entrar.


Gia acomodou a dupla improvável na mesa e correu mais que depressa para avisar Caroline.



POV Klaus

Caroline não havia me ligado, não havia ao menos retornado minhas ligações. Eu passei dias sem conseguir tirá-la da cabeça. Eu realmente havia me apaixonado por ela e precisava aplacar essa paixão antes que eu perdesse completamente o controle. Eu tinha um plano, conquistar Caroline e realizar os desejos mais doidos que percorriam minha cabeça. Horas de sexo intenso iriam reduzir minhas expectativas, e claro, fazê-la se apaixonar por mim e me desejar tanto quanto eu a deseja estava nos meus planos. E conforme a sua paixão transformasse ela em uma mulher pegajosa e insegura, aí então eu retomaria o controle dos meus sentimentos e tudo voltaria ao normal. 


POV Caroline

- Mãe, oi, vejo que já conheceu o Klaus. Eu disse meio sem jeito.

- Sim querida. Nos comecemos na recepção. Minha mãe e Klaus pareciam muito à vontade na presença um do outro. Eu fui pega de surpresa quando Klaus se levantou e passou sua mão pela minha cintura, aproximou seu rosto do meu e beijou minha bochecha tão perto dos meus lábios que eu pude sentir a maciez de sua boca. Seu perfume era deliciosamente másculo, a aproximação de nossos corpos me fez entender o efeito que Klaus causava nas mulheres por onde passava, era arrebatador.

- Oi amor. Ele disse sorrindo pra mim.

Meus olhos ficaram vidrados nos de Klaus tentando entender o que estava acontecendo.

- Por que você não me contou que estavam saindo? Eu sou super protetora, eu sei, mas Klaus já me ganhou. Minha mãe disse isso tocado a mão de Klaus que havia sentado novamente.

Eu fiquei atônita. Ao perceber minha confusão Klaus interferiu.

- Na verdade Liz, hoje nós marcaríamos nosso primeiro encontro. Você sabe, sua filha é muito ocupada. Klaus falou sorrindo e tomando um gole de seu whisky.

- Eu sei, vocês deram sorte que ela sairá de férias na outra semana. Assim podem aproveitar melhor. Minha mãe falou inocentemente enquanto eu a fuzilava com os olhos. A essa altura ela estava tão enebriada pela presença e o efeito de Klaus que nem se deu conta.

- É... Klaus, a gente não tinha marcado nada. Tentei falar entredentes pra não deixar transparecer minha incredulidade.

- Eu sei amor, como você não ligou eu achei melhor vir pessoalmente. Assim poderíamos marcar um jantar ou algo assim. Ele falou cinicamente.

- Ah.... Eu.... Certo. Vamos marcar algo. Falei desconcertada.

- Vou deixá-los a vontade. Vou ao toalete. Disse minha mãe se levantando e saindo. Eu me sentei na sua cadeira encarando Klaus de frente.

- O que você pretende com isso?

- Você não me ligou no dia seguinte e nem nos dias seguintes e ainda ignorou minhas ligações.

- Eu estive muito ocupada.

- Por isso eu vim, sua mãe é muito agradável sabia. Você tem os olhos dela.

- Klaus o que você quer?

- Quero sair com você.

- Para que?

- Não consigo tirar você da cabeça Caroline. Você me despertou desejos e instintos primitivos.

- Klaus!? Falei olhando para os lados com medo de alguém ter ouvido.

- Eu só consigo pensar em transar com você Caroline.


Para Klaus, um homem de negócios claro e objetivo esse era o melhor jeito de jogar limpo. Para Caroline entretanto, ele havia sido grosseiro. E apesar dela não ser o tipo que se apega a romantismo, ela não podia negar que mesmo que grosseira, a proposta de Klaus era algo que ela vinha a bastante tempo pensando também. 

Original Love - KlarolineOnde histórias criam vida. Descubra agora