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16 de novembro de 2018

Nem acreditava que estava a uma hora do meu primeiro encontro com o Rúben Dias. Na verdade, tudo me parecia uma valente loucura. Quase nos tínhamos beijado há uns dias atrás, mas o Rúben impediu-me e disse que devíamos fazer as coisas como devia ser, por isso convidou-me para sair com ele, num encontro. Não me lembrava de alguma vez ter tido um encontro com um rapaz, achava que isso só acontecia nos filmes. Mas parecia que estava mesmo a acontecer-me e eu ia ter um encontro com o rapaz por quem sinto borboletas no estômago.

Já com o banho tomado, permanecia sentada na cama a olhar para o armário sem saber o que escolher para vestir. Rúben tinha-me dito que seria uma saída casual, não precisaria de me arranjar muito, mas ainda assim queria estar perfeita para ele. Queria que ele sorrisse ao ver-me chegar. Optei pelas calças cinzentas e pretas ao xadrez que comprei nos saldos do verão, de cinta subida e que assentavam na perfeição nas minhas pernas. Para completar, e devido ao frio que se fazia sentir nos últimos dias, escolhi uma camisola de gola alta branca de lã e oversized e calcei uns botins pretos com um pouco de salto. Decidi deixar o cabelo com as ondas naturais e coloquei uma maquilhagem bastante natural. Não queria parecer demasiado produzida nem demasiado desleixada, mas estava satisfeita com o resultado. 

Faltavam quinze minutos para a hora que havia combinado com Rúben, por isso peguei na mala preta e saí do quarto. Para complicar tudo, André estava na sala a ver um qualquer jogo de futebol.

- Vais sair? - ele questionou, obviamente curioso.

- Sim, vou jantar com umas amigas da faculdade. - menti. Nunca lhe poderia dizer que ia sair com um amigo seu - Escusas de esperar por mim acordado, não sei a que horas venho.

- E não queres que te leve a algum lado? Posso ir buscar-te depois também. - ele apressou-se a dizer, mas decidi cortar-lhe a palavra.

- Não, André. Combinei encontrar-me com umas amigas na praça de táxis ao fundo da rua e depois volto da mesma maneira. Não te preocupes, André, por favor. - pedi - Deixa-me ser uma estudante universitária normal. 

- Pronto, já não está cá quem falou. - André comentou, levantando os braços em rendição - Diverte-te, Cate.

- Obrigada! - sorri, antes de sair de casa e apressar ao passo até ao final da rua, local onde havia combinado com Rúben para podermos ir juntos sem que André soubesse.

Ao chegar à praça de táxis ao fundo da rua, já podia ver o carro do Rúben estacionado. Aproximei-me e entrei, ocupando o lugar do pendura.

- Olá! - cumprimentei, deixando um beijo rápido na bochecha do Rúben.

- Olá, Cate. - ele sorriu - Deixa-me dizer-te que és bonita todos os dias, mas hoje definitivamente tens um brilho especial. - Rúben afirmou, no tom sedutor que gostava de usar para me irritar.

- Sabes que odeio frases feitas, Dias. - sorri - Mas obrigada pelo elogio. Onde vamos? - perguntei, curiosa. Tinha tentado sondar o Rúben para perceber onde seria o nosso primeiro encontro, mas ele não se tinha descosido nem por um segundo. Dizia que era surpresa e que eu só saberia no momento certo. Esperava que este fosse o tal momento, porque eu estava a morrer de curiosidade.

- Bem, não te vou dizer onde vamos, mas posso levantar o véu sobre o que vamos fazer. - Rúben respondeu - Olha para o banco de trás. 

Aceitando o comando do central do Benfica, olhei para o banco de trás onde estava um típico cesto de piquenique e uma manta. 

- Vamos fazer um piquenique, à noite, em pleno inverno? - perguntei em tom de gozo. Interiormente, estava derretida por ele ter preferido uma coisa mais simples do que um restaurante elaborado, mas eu gostava de brincar com os sentimentos do Rúben. 

Secret Love Song | Rúben Dias ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora