Acordei aos poucos tentando me lembrar do que tinha acontecido olhei ao redor não reconhecendo o ambiente, quando senti braços na minha cintura, ao me virar devagar me deparo com o Gustavo logo em seguida me lembrando da noite anterior.
Fiquei assustada com o sumiço repentino do Gustavo, medo de algum modo ser substituída.
Desde que a gente se conheceu, bem novinhos, o Gusta nunca namorou sério, ele não curte esse lançe de "ter dona" como o próprio diz.
Então eu meio que sou a princesinha dele, e sempre foi assim, bom, acabei me acostumando com isso.
Por mais que eu tenha crescido ainda quero me sentir assim.
No dia em que peguei o voo para vir à Toronto ele não pôde se despedir de mim pois teve que trabalhar na empresa do pai que por caso não se da bem com a minha família, então já sabe né, compreendi e nos despedimos dois dias antes.
E estou aqui deixando que o tempo passe bem devagar, passando minha mão por seus fios escuros extremamente lisos e brilhantes encarando ele dormir.
Até que o princeso abre os olhos devagar, me vê o encarando e abre um sorriso incrível, que retribuo da mesma maneira.
-Bom dia belo adormecido.
-Bom dia princesa.- diz com sua voz rouca matinal.
-Temos que levantar.
-Ahh nem vem Cecília, tá tão bom aqui.
-Concordo, mas tem que se preparar para a sessão de socos que vou dar na sua cara.
-Não vamos falar disso agora, tudo bem? Você vai se trocar pq iremos tomar nosso café da manhã em um starbucks aqui perto.
-Ei, não tente me comprar tá legal?! Mas o que eu não faço por um starbucks.
-E uma bela companhia. Além de gato, te oferece um café expresso delicioso.- Falou se gabando enquanto eu ria da cara dele, ai ai, ele se acha mesmo.
-Ai meu Deus, onde fui amarrar o meu jegue!- Disse e joguei um travesseiro em seus pés, ele deu uma leve tropeçada já que estava descendo da cama e indo em direção a sala, tapei minha boca com as mãos prendendo uma risadinha sínica.
-É assim então?- Pegou o travesseiro do chão e veio correndo em minha direção subindo em cima de mim me impedindo de correr, então apelei para os tapas.
O mesmo segurou minhas mãos, ficamos nos encarando, até então percebermos o quanto estávamos próximos um do outro, jurava que estava sentindo sua respiração em minha bochecha.
Nesse mesmo instante um celular toca e nos viramos ao mesmo tempo em direção ao som irritante e ah! É o meu celular.
O Gustavo saiu de cima de mim para que eu pudesse pegar o meu celular, então assim que olhei pra tela vi que era a Beca, perguntando se estou bem e quando volto, respondi que estava bem, que estava com o Gusta e que ligava mais tarde.
-Era a Rebeca?- Gustavo me pergunta do banheiro enquanto escovava os dentes.
-Sim, perguntando se eu estava bem.
-Não disse a ela que está mantida em cativeiro não né?
-Estou presa com você?
-Para sempre!- Deixou um beijo no topo da minha cabeça e saiu do quarto.
Tomei um banho, peguei outra blusa dele e vesti a calça que usei ontem. Achei o Gustavo no sofá mexendo no meu celular, bagunçei o cabelo dele o puxando para sairmos logo.
-Vamos?
-Vamos minha namorada.
-Namorada é?
-Conforme a Lulu, já devia ser minha noiva.- Sorri
-Acho que só quer isso pra ser a daminha.
-É o que eu também acho.-Rimos, e então partimos para o starbucks.
Assim que fizemos os nossos pedidos, enquanto um silêncio pairava. O Gustavo solta:
-Quem é Bruno? - Sabia que alguma coisa estava o incomodando.... Ele estava quieto demais pro meu gosto.
-Bruno?- Ele confirma com a cabeça enquanto continua olhando pra estrada.- Um amigo da Rebeca, por quê?
-Nada, vi no seu celular a intimidade que estão.
-Ciúmes? -Depositei um beijinho na bochecha dele, vendo sua cara de concentrado.
•
•Deixe seu voto❤
VOCÊ ESTÁ LENDO
Para Sempre
Roman d'amour- Você poderia ter me contado, mas escolheu a pior opção, sabe que odeio mentiras. Cecília Brooks Ficção onde melhores amigos acabam se apaixonando, e como já previsto sempre tem algo para atrapalhar. Mas...