ONDE ESTÃO MEUS FILHOS

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Maternidade de Anyang, Coreia do Sul, 6 de Julho de 1987


Mi Kyung acordou com uma agitação em seu quarto, então olhou para os lados procurando seus bebes,  sem êxito e ainda sonolenta, a mesma falou pela primeira vez, fazendo com que o médico presente e duas enfermeiras percebessem que ela tinha acordado.

- Onde estão meus filhos? - Kyung percebeu que no mesmo momento todos ficaram paralisados e trocando olhares, o que fez com que sentisse uma dor no peito e perguntasse novamente onde estavam seus filhos, dessa vez, alterada.

- Eu quero saber onde estão meus filhos, tragam meus filhos, AGORA! 

Percebendo que Kyung estava ficando transtornada e que de nada adiantaria manter segredo, Dong-yul, o médico presente, resolveu contar a infeliz notícia e dar início a papelada de alta de Kyung.

- Olá senhora Kim Mi-Kyung, me chamo Dong-Yul e sou o médico responsável hoje, peço para que a senhora se acalme e me escute com clareza, a senhora precisará de forças para lidar com a notícia...

- FALA LOGO O QUE ACONTECEU COM MEUS FILHOS - Kyung interrompeu Yul, já se levantando da cama

- Senhora, por favor, se sente, você não parece bem - Disse uma das enfermeiras presentes

- E você quer que eu esteja bem? Onde estão meus filhos? Pelo amor de Deus

- Senhora, seus filhos sumiram - Respondeu Dong-yul

- Que? - Kyung perdeu as forças nas pernas e não conseguia mais se manter de pé, prestes a cair, as duas enfermeiras a seguraram e colocaram na cama novamente - Como assim? eles... eles estavam aqui essa madrugada, eu dei de mamar a eles, eu coloquei eles para dormirem, eu... eu não consigo lembrar, por favor me entreguem meus filhos agora, não façam isso comigo - Kyung disse com a voz já embargada de choro

- Infelizmente nós não sabemos ao certo o que aconteceu, chegamos aqui essa manhã para checar os sinais vitais e eles não estavam presente - Disse a enfermeira com aparência mais velha 

 - Nós já demos início a todos os protocolos do hospital, checamos o berçário, os quartos de outras pacientes, conferimos as imagens de ontem a noite até a manhã de hoje, mas nada foi encontrado, a imagem para no momento em que você coloca eles para dormir. - Dong-yul falava rápido, enquanto preenchia o prontuário de alta de Mi Kyung 

- Vocês chamaram a polícia? eu quero a polícia aqui, AGORA, eu quero... eu quero meus filhos - Kyung caiu em um choro constante, acompanhado de soluços e gritos, enquanto socava o próprio peito e chamava por seus filhos 

 Se compadecendo com a situação, a enfermeira que era nova ali, se sentou ao lado de Kyung e começou afagar sua costas, dizendo que tudo ficaria bem e que encontrariam seus filhos, que ela precisava ser forte naquele momento. - Enquanto isso, sem que as duas percebessem, yul e a enfermeira mais velha se retiraram do quarto sem dizer mais palavras.

    

POVS DONG YUL

- Eu quero todas as imagens das câmeras na minha mesa hoje ainda, antes dos policiais chegarem.

Ok, mas por que antes da policia chegar? Eles vão precisar dessas imagens - respondeu Jin-joo - Apesar de ser uma enfermeira veterana, Jin-joo ainda não sabia mais do que lhe permitiam com relação ao local em que trabalhava

- Só faça o que eu mando você fazer, temos um nome a zelar e qualquer coisa dessa que vazar, perderemos nosso emprego, faça o que estou mandando e faça AGORA. - Dong Yul se retirou sem escutar Jin Joo o responder.

- Sim senhor. 

POVS JIN JOO 

Após Dong Yul se retirar, jin joo ficou observando pela fresta da porta Hanui, a enfermeira nova, conversando com Kyung, percebeu como ela estava conseguindo acalmar a mãe que acabara de perder seus filhos e então sorriu, um sorriso que para muitos aparentaria um tanto maldoso e carregado de segredos.

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