Prólogo

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Imagina um mundo em que tudo está destruído. Não existe movimento nas ruas, nem o vento ou uma simples briza sopra, deixando cidades e campos naturais numa falsa e sossegada imagem, como uma fotografia.

Imagina as longas estradas entupidas de carros abandonados, lixo acumulado nas ruas despidas de vida, edificios, outrora altos e imponentes, agora espalhados em destroços no chão.

Lojas pilhadas, casas assaltadas, escolas abandonadas. Nem um unico pássaro chilra nesta paisagem desolada.

Neste mundo não há vida.

Neste mundo não há esperança.

Não se ouvirá mais o resfolhar das arvores, nem o riso das crianças nos parques.

Nunca mais se verá os cartazes luminosos dos cinemas, nem a simples luz de um semáforo.

No meio deste tema apocalíptico só se ouve um fraco som, um chorar muito baixo, quase silêncioso, mas profundo.

A terra mãe chora por todos os seres que nela habitavam, chora de saudade. Chora de raiva por uma única raça ter exterminado toda a sua essência.

Como pôde o ser Humano ser tão egoista?

O único ser capaz de infligir dor propositadamente para seu bel-prazer.

Humanos. Os monstros parasitas. Destruídores do bem, das coisas bonitas. Inventor do amor, mas criador da guerra.

Humanos. Os soldados da própria Morte.

Mortos, todos mortos...

A Terra do AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora