Nota do Autor

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Ok, tenho de admitir, este livro foi dos diabos.

Como já dizia George R.R. Martin, os detalhes estão nos diabos, e este livro está cheio deles, e haviam muito mais antes de eu dar a primeira revisada. Foram muitas edições, reescritas, e correções.

O que tenho a dizer? Maldito perfeccionismo! Ainda não me vi livre deste pequeno diabo em minha vida, mas felizmente ainda tenho a cabeça no lugar e consigo apaziguá-lo, e às vezes, torná-lo a meu favor.

Foi uma das edições mais demoradas e dedicadas de minha vida até agora. Doze dias inteiros com a cara enfiada no computador, relendo algo que tinha escrito há muitos meses atrás. Reescrevi muitas cenas e diminui muitas descrições, reduzindo parágrafos inteiros a simples um, contendo o que devia ter de essencial para o leitor continuar a sua leitura (e não estou exagerando! Houve uma parte em específico na versão antiga, que reduzi três parágrafos inteiros a apenas um).

Este é o motivo da grande demora do meu primeiro livro original. Todos que me conhecem, tanto pessoalmente, ou apenas lendo minhas histórias (e as Notas do Autor que distribuí através delas), sabem que gosto de detalhes, que reparo em detalhes, que sinto falta de detalhes em muitos outros livros, e não quis, de maneira alguma, deixar alguma obra minha, principalmente a primeira delas, sofrer com a falta deles. Porém, detalhes são demorados, inundam a cabeça do autor enquanto ele está de frente para o teclado escrevendo sua história, e muitas vezes, são desnecessários, e afogam a história com informações desnecessárias e repetitivas.

Mas, considere o fato deste livro ter saído, um belo milagre.

No final de tudo, senti que tinha ficado pequeno, e cogitei muitas coisas, mas deixe o velho descansar e suas feridas cicatrizarem. Este livro já tem a quantidade de diabos o suficiente que quero que ele tenha hoje. Essa história terminou, por enquanto.

Na história, ao longo da leitura, pode-se perceber que a questão da solidão humana foi altamente abordada, de várias formas, a solidão sombria, a solidão necessária, mas todas consistindo em estar sozinho, em um sítio escuro a noite, ou estar sozinho no mundo, ou estar sozinho, porém rodeado de pessoas, mas na verdade, estando apenas longe daqueles que ama.

A solidão é muitas vezes necessária. Este livro foi escrito sozinho, apenas eu e meus pensamentos no meu quarto escuro, e que experiência! Escrevi os capítulos de terror à noite, com a luz apagada e sozinho, para melhor ambientação na história, e foi uma experiência fantásticamente assombrosa. Pretendo repeti-la.

Às vezes, a solidão é necessária. Todos temos que ter um tempo sozinhos, para nós mesmos, assim como Henri. Mas estar sozinho, como Letícia Lombardi esteve na estrada escura da noite com um mal abominável à espreita, não é bom. Mas não estamos todos sozinhos, por mais que pareça. Isto também pode servir de aviso.

Por fim, acho que devo agradecimentos á muitas pessoas que conseguiram tornar esta história completa e real, principalmente, meus familiares, que sempre estiveram comigo, especialmente, Marco Molina, que possibilitou que essa história fosse escrita, e aos meus pais, Claudia e Mauro Molina, por sempre terem me incentivado a ler. Se não fosse por isso, não estaria aqui hoje. Obrigado.

Agradeço aos meus amigos, principalmente os verdadeiros. Aqueles que estiveram comigo em vários momentos da minha vida, e que sempre me apoiaram na ideia de ser um escritor. Esse livro é pra vocês: Isabelle Ramos, Maurício Alves, Giovanni Rosa e Gustavo Henrique, presentes fisicamente, e á Marina Balsimelli, uma escritora prodígio que espero grandes feitos, e Giovanna Camargo, á Tom, Caio, Nicollas, André, e especialmente á Samuel, sei que sempre posso contar com vocês e à todos meus amigos virtuais que sempre me apoiaram, mesmo estando distantes fisicamente. Obrigado, amo todos vocês.

Agradecimentos especiais á Gabrielle Feroli, que sempre foi minha amiga escritora e minha fã n°1 de carteirinha, Beatriz Bertelli, que não consigo imaginar a minha vida sem você, e Cristina Rodrigues, minha irmã sem laços de sangue, e um excepcional a Diego, que viu este livro nascer por detrás das cortinas. Eu não estaria aqui sem vocês, principalmente a você, meu amigo.

Gostaria de colocar todos os nomes que deviam estar aqui transcrevidos também, mas essa nota se alargou mais do que deveria. Por que coloquei tantos nomes em agradecimento? Ora, acho que é justo colocá-los aqui, já que foram os que estiveram comigo até o momento. Prometo a mim mesmo que nos próximos livros serei mais rigoroso em relação aos agradecimentos.

Por fim, obrigado a você, leitor, saiba que tem um lugar especial no meu grande coração, por ter lido até aqui o meu primeiro trabalho duro como escritor.

Obviamente, as coisas não acabam aqui. Dentro dessa história existem vários elementos que valem a pena serem lidos novamente em outras perspectivas, com outros personagens e em outras histórias. Muitos easter-eggs e referências podem ser encontrados no meio dela, principalmente sobre o futuro dessa história. Perguntas haverão de permanecer, as respostas para elas virão, mas agora, no momento, apenas peço para aguardarem. Em breve, disponibilizarei mais histórias, isso é algo que não pretendo parar de fazer nunca.

Vem mais por aí.

Só aguardar.

SILAS M. STEIN,

o autor.



[Este livro foi iniciado em São Bernardo do Campo, São Paulo, no dia 28 de Dezembro de 2018, e terminado em São Bernardo do Campo, São Paulo, no dia 26 de Julho de 2019]

VERMELHO MADURO - Vencedor do Wattys 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora