Até Quando? (Disponível Na Amazon)

Capítulo 1

Anastásia e Christian acordaram em mais uma manhã para irem para suas respectivas empresas. Tomaram o café da manhã juntos e cada um saiu em seu carro, desejando apenas um "Bom trabalho" um para o outro, sem nenhum outro dialogo trocado.

O que os levou a cair nessa rotina fria e monótona?

Eles eram tão perfeitos juntos. Demonstravam o amor que sentiam um pelo o outro todos os dias.

Flashback

—Baby, eu estava aqui pensando e nós temos trabalhado muito, acho que merecemos uma folga.

— E o que você sugere? – ela perguntou se encaixando mais nos braços deles, que havia a abraçado por trás.

— Uma viagem. Só nós dois.

— Como temos que voltar logo, não programamos nossa agenda e tá muito em cima, pensei pelo país mesmo. Los Angeles. O que acha?

— Um final de semana só eu e você em L.A?- perguntou, virando a cabeça para poder o ver.

— Sim. Sairíamos sexta a noite. O que me diz?

— Hm... – se virou e passou os braços pelo pescoço dele, que a envolveu pela cintura. — Eu digo que isso é incrível e não vejo a hora do fim de semana chegar. – sorriu junto dele que logo a beijou.

/

Christian estava em mais um reunião e se controlando para não perder a linha. O cliente que estava com ele, ou melhor, o CEO de uma das empresas que estava tentando trazer Grey para ser seu sócio, não fez o dever de casa.

— Senhor Smith, eu não me associo. O senhor deveria saber disso.

— Eu sei, Senhor Grey, mas minha empresa está prestes a declarar falência. Eu preciso reergue-la e tendo o Senhor de sócio, tudo se tornaria mais fácil.

— Façamos assim. Eu compro sua empresa, você se torna o vice presente, te colocarei no topo de novo e depois de dois anos você compra ela de mim de novo.

— A empresa não está a venda, senhor Grey.

— Você não tem opção, Senhor Smith. É pegar ou largar.

Após poucos segundos refletindo, ele concordou com a proposta oferecida por Christian.

Sendo assim, o advogado da GEH, ficou encarregado de organizar o contrato e todas as papeladas para compra da empresa Smith.

Voltou para sua sala, após o termino da reunião e começou a ler alguns contratos que estavam em sua mesa. Suspirou pesadamente ao ver apenas contratos inúteis. Passou a mão no rosto diversas vezes e levantou irritado, iria embora para casa, mas recebeu um telefone de Ross, dizendo que ele teria que ir pra Portland resolver um mega problema que aconteceu.

Isso já era quatro da tarde. Era a vida brincando com ele. Grey tinha certeza. Suspirou pesadamente, e ligou para Taylor, mandando ele preparar o helicóptero.

Avisou Andrea que estava indo e que não voltava mais hoje. No elevador, ele mandou uma mensagem para sua esposa, dizendo que teria que ir a Portland resolver um grande problema e que não sabia que horas voltava e que não precisava ficar esperando por ele.

*

Na empresa de Anastásia, tudo estava indo bem, ela até iria embora mais cedo por ter resolvido tudo, mas recebeu a mensagem de Christian: curta e seca.

Ela já estava acostumada com isso, mas ainda era estranho. Eles eram tão perfeitos juntos, que ela não entende como tudo mudou da noite para o dia.

Passou a lembrar então de como eles eram juntos, do amor que tinham um pelo outro, ou melhor do amor que eles tem um pelo outro, ou pelo menos ela tem.

Se lembrou de um dia em especifico: quando, os dois estavam em Aspen, na varanda da casa dele, totalmente agasalhados, com xicara de chocolate quente nas mãos, apreciando a vista e do nada, ele se declarou. Christian tinha disso: se declarava do nada para Ana e ela amava isso.

/Flashback

Ana tinha acabado de preparar deliciosos chocolates quentes para eles, colocou em duas xicaras e voltou para o quarto, indo até a sacada do quarto. Entregou uma xicara para ele e se sentou na poltrona ao seu lado.

— Nós somos dois loucos mesmo, não é? – ela perguntou.

— Por que? Por estarmos em um frio absurdo, na varanda do quarto, observando a neve cair? – perguntou brincando.

— Você é um bobo. – disse rindo.

— Sou, mas sou o seu bobo. – disse olhando para ela que sorriu. Após um tempo, ele voltou a falar. — Baby? – a chamou

— Oi..

— Eu sou completamente apaixonado por você. Eu amo tudo em você, seu sorriso, seu jeitinho simples de ser, sua força, sua garra para encarar os problemas da vida, sua determinação. Você é a mulher completa e a dos meus sonhos, acho que Deus foi bom demais por ter te colocado no meu caminho e ter feito você se apaixonar por mim também, você é meu encaixe perfeito e depois que eu te conheci, eu não imagino minha vida sem você, não que você não saiba disso, já que eu vivo te falando isso. Só queria dizer isso mesmo e que eu te amo. Muito.

/

"Não imagino minha vida sem você" veio isso em sua mente e bem, parece que ele imagina sim. Já que ele nem liga mais para ela, não faz questão de dizer que a ama e nem dar um selinho que seja.

Não que ela não tenha tentado reerguer o que tinham, ela tentou e muito, mas desistiu ao ver que ele, desculpe o termo, cagava para as tentativas dela.

Limpou uma lágrima que caiu, ajeitou suas coisas e foi para casa.

Era cinco horas quando ela chegou, já que estava com um bom transito as ruas de Seattle, ainda mais por conta da chuva.

Foi direto tomar seu banho, colocou seu baby-doll e deitou na cama. Não tinha fome e sabia que ela não viria. Avisou a Gail que apenas Christian ia jantar, provavelmente um pouco depois da hora de costume dos dois de jantarem, já que estava em Portland, e foi se deitar. Não estava se sentindo bem e queria ficar isolada, logo já estava dormindo.

Christian não demorou resolvendo o problema que apareceu ligado a empresa dele, o problema era a chuva extremamente forte que caía e o impossibilitava de voltar pra casa, seja de carro ou helicóptero. Teve que esperar por uma hora ela diminuir para voltar para Seattle. Voltou pela estrada, era mais seguro do que pelo ar, com chuva, no seu helicóptero.

Por isso, demorou mais para chegar em casa.

— Boa noite, Gail.

— Boa noite, Senhor Grey. Jantar?

— Sim, apenas o tempo de tomar um banho e já desço.

— Sim, senhor.

Christian foi para o quarto e encontrou Anastásia dormindo.

Olhou para ela e suspirou.

Saudades. Talvez.

Tomou seu banho e desceu para comer o jantar preparado por sua governanta e quando terminou, foi para cama.

Queria dormir. Precisava descansar. O dia tinha sido horrível para ele e tudo que queria era que ele acabasse logo.

Deitou-se e olhou para seu lado, vendo sua mulher ali. Novamente suspirou e virou para o outro lado, não demorando a cair no sono.

Por incrível que possa parecer, os dois tiveram o mesmo sonho.

Deles esquiando juntos em Aspen e depois fazendo anjos de neve. Deles brincando de guerrinha de bola de neve e ele caindo em cima dela, naquela imensidão branca e gelada, e a beijando.

Eles sentem falta disso, mas agora? Depois de inúmeras tentativas? A rotina pareceu muito melhor, pelo menos para ele. E é assim que pretende deixar.

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