"Só os mendigos conseguem contar quanto dinheiro têm."
Romeu e Julieta - William Shakespeare
— C
hefe? – Javier o chamou pela quarta vez preocupado com o olhar vidrado que Romeo tinha para a Cafeteria.
— O quê? – foi a única resposta que obteve, enquanto o homem continuou a encarar o estabelecimento.
Ele passou a olhar com atenção, procurando o que o seu chefe via e, por fim, descobriu do que se tratava.
Lá estava ela...
Uma linda loira andava de um lado a outro servindo as mesas. Ele podia notar mesmo dali, que a mulher fazia o possível para transformar o ambiente em algo agradável de se estar, mesmo não sendo o tipo de estabelecimento que Romeo frequentaria.
Mas ele sim...
Ele havia sido criado de maneira dura e passou por tempos crueis em que fora obrigado a estar na rua.
Estabelecimentos como aquele não o assustava e nem dava asco.
Na verdade, sentia até mesmo um conforto em saber que lugares como aqueles existiam para que pessoas humildes pudessem ser de alguma forma servidos com alguma decência.
Ele havia passado por maus bocados e sabia o quão crueis as pessoas poderiam ser.
Os ricos nunca se solidarizavam com os pobres o suficiente para estarem na mesma posição de igualdade.
Sentados em uma mesa sendo servidos?
Oh, isso incomodava-os terrivelmente.
Mas vê-los servindo o seu almoço?
Oh, sim, para eles isso era o correto.
Romeo fora o único patrão que nunca lhe fez distinção de sua pobreza. Pelo contrário, confidenciou-lhe que devido a isso, Javier deveria ser uma pessoa muito honesta.
Que deveria ter orgulho de sua criação, pois aquilo o lapidou e o fez chegar onde estava, trabalhando para Romeo Casanova.
É claro que o homem não poderia deixar de se sentir honrado com todos aqueles elogios. E isso, os fez trabalharem juntos por cerca de dez anos.
Javier não se considerava apenas um Segurança/Motorista particular, mas um amigo. E aquela altura, conhecia os tipos de negócios que o patrão fazia e os tipos de peculiaridades aos quais ele gostava também.
Para trabalhar com Romeo, precisou assinar um contrato de confidencialidade, mas nada daquilo importava, devido ao tratamento de respeito que tinha com o seu chefe.
E ali estava ele, mais uma vez observando aquele desejo escuro se apossar da expressão de Romeo, adivinhando qual seria o próximo movimento dele.
Não se surpreendeu quando o homem o chamou, estendendo o cartão Dark para ele.
Ele apenas se apressou em pegar e guarda-lo no bolso, esperando pelas próximas ordens.
— Descubra quem é aquela mulher! – com essas palavras ele se virou verificando alguma mensagem no celular, mas acrescentando. — O próximo cartão será entregue em dois dias. Até lá, quero um relatório completo sobre ela em minha mesa até amanhã.
— Estava prestes a questionar sobre o tempo, quando ele o cortou com uma de suas frases em espanhol.
—"No olvides cuidarla... Por si mañana en vez de verla, te toca imaginarla."
— Gabriel García Márques!
— Sí! Me siento afortunado de tenerte como mi amigo. Me auto felicito por tener quién conozca mis demônios y aún me llama amigo.
—¿Dime, qué tipo de amigo sería yo, si no aceptarse a sus demônios como parte suya?
— Un tipo gilipollas!
— Vete al carajo, Romeo!
— Tranquilo amigo! Sigue recto por esa calle, la cafeteria está a la izquierda. ¿Y amigo? Cállate los ojos!
— ¿En serio te dijo eso?
— La verdad es dura, para quién es blando. Ella será mía por dos meses!
Não se esqueça de cuidar dela... No caso de amanhã, em vez de vê-la, você tem que imaginá-la. – Gabriel García Márques.
Sim! Eu me sinto sortudo por ter você como meu amigo. Parabenizo-me por ter alguém que conhece os meus demônios e ainda me chamar de amigo.
— Diga-me, que tipo de amigo eu seria, se não aceitasse os seus demônios como parte sua.
— Um tipo imbecil!
— Vai à merda, Romeo!
— Tranquilo amigo! Siga em frente naquela rua, a cafeteria fica à esquerda. E amigo? Feche os seus olhos!
— É sério isso?
— A verdade é dura para quem é mole. Ela será minha por dois meses!
[1] Não se esqueça de cuidar dela... No caso de amanhã, em vez de vê-la, você tem que imaginá-la. – Gabriel García Márques.
[1] Sim! Eu me sinto sortudo por ter você como meu amigo. Parabenizo-me por ter alguém que conhece os meus demônios e ainda me chamar de amigo.
[1] — Diga-me, que tipo de amigo eu seria, se não aceitasse os seus demônios como parte sua.
[1] — Um tipo imbecil!
[1] — Vai à merda, Romeo!
[1] — Tranquilo amigo! Siga em frente naquela rua, a cafeteria fica à esquerda. E amigo? Feche os seus olhos!
[1] — É sério isso?
[1] — Averdade é dura para quem é mole. Ela será minha por dois meses!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O CONTRATO DO MAGNATA - SÉRIE CLUBE DARK [COMPLETO ATÉ O DIA 15/07/2019]
RomanceQuerida leitora, O Contrato do Magnata, é uma história diferente e contagiante. Romeo é um homem doce, enlouquecedor e tem um passado perturbador que não deseja revelar a ninguém. Os seus gostos são peculiares e, isso, é o que o torna tão atraente...