Capítulo 5

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– Está sendo duro com ela e sabe disso. _ Murmura Oz, observando Mabel sentada a beira do lago, molhando seus pés. – Ela está sofrendo, Nei, e isso está me matando.

– Eu sei, Oz, só me dê um tempo.

– Eu já lhe dei tempo, dois dias. _ Rosna. – Agora faça alguma coisa ou arrancarei sua garganta.

– Você não vai fazer isso. _ Diz suspirando.

– Não, mas posso quebrar sua cara e arrastá-lo por toda essa caverna até me sentir melhor. _ Ameaça.

– Não, você não pode. _ Diz se levantando e caminhando até Mabel. – Tire a roupa. _ Ordenou ao chegar até ela.

– Não quero banhar-me. _ Murmura sem encará-lo.

– Eu quero ver minha mulher nua.

– O que? _ O encara com olhos úmidos, vendo sua mão estendida.

– Deixe-me ajudá-la a se despir. _ Ofereceu, agarrando sua mão.

– Vai estar nu também? _ Questiona animada, ajudando-o a desprender o vestido de seus ombros.

– Você deseja isso? _ Força a decida do pano pelo ventre arredondado e o quadril largo.

– Sim, por favor. _ Murmura, apoiando-se nele.

– Estarei nu também. _ Concedeu. – Oz vai estar nos olhando. _ Retira a última peça dela. – Tudo bem para você?

– Sim, sim. _ O encara corada, estendendo a mão para alcançar sua blusa. – Eu posso?

– É claro. _ A ajuda a tirar sua blusa. – Você sabe que não podemos...

– Eu sei. _ Lamenta. – É por isso que Oz está tão resmungão.

– Oh, é mesmo? _ Olha para ele, tendo Mabel desabotoando sua calça.

– Ele pode nos ouvir, você sabe. _ Força a descida do pano.

– Eu sei, ele está me dando língua. _ Ri. – Muito infantil da parte dele, a propósito.

– Você está mentindo. _ Ri sem desviar os olhos do corpo nu a sua frente. – Oz não faz isso. Ele deve estar com o cenho franzido e até mesmo te mostrando os dentes, mas não te daria língua.

– Você o conhece bem. _ Nota, um pouco enciumado.

– Os anos de convívio faz isso. _ Desvia o olhar de seu corpo para seus olhos. – Vou conhecer você também.

– Eu não tenho certeza se isso é uma coisa boa.

– Provavelmente não. _ Sorri, envolvendo seu pescoço com os braços. – Mas vai acontecer de todas as formas.

– Parece que tem algo entre nós. _ Brinca, erguendo-a em seus braços.

– Parece que sim. _ Se segura nele, ao ser posta na água. – Te incomoda?

– Não. _ A apoia em uma pedra que cercava a borda do lago. – Nunca pensei em filhos ou em ter uma companheira. Sinto-me bem com a ideia de ter um a caminho. _ Sorri, acariciando o ventre.

– Mesmo não sendo seu descendente? _ Insiste, segurando sua mão quando ele a afasta.

– Vamos seguir com isso? _ Questiona, sendo segurado por ela.

– Eu não quero perdê-lo, Nei. As possibilidades de que isso aconteça me assustam. _ Segura-o com mais força. – O que mais quero é que me marque. Quero dar a você tudo o que necessita para que nunca pense em me deixar. Quero lhe dar um filho.

Metamorfos - Lobos e ToupeirasOnde histórias criam vida. Descubra agora