All These Years 《 Completa 》

Josh

Basta um voo
E nós estaríamos no mesmo fuso horário
Olhando a sua timeline
Vendo todos os arco-íris, eu
Eu tive uma ideia
E eu sei que isso parece loucura
Eu só quero te ver
Oh, tenho que perguntar
…
Você tem planos para hoje à noite?

Paris, aqui estou.
Seja como for eu vou me arriscar, eu simplesmente não posso mais, preciso dizer a ela como me sinto, talvez seja um momento de insanidade, mas é algo que preciso fazer.
Inquieto, passo toda viagem medindo as consequências que minhas ações podem trazer e chego a conclusão que é impossível, muitas possibilidades. Não posso desistir agora. O "long game" já durou mais que o suficiente.
Por favor garota, não desista de mim, de nós, eu sei que eu não vou e agora nada me impede.
Porque pode possar mais um ano completo sem que eu veja você mas o amor é mais forte.
O tempo pode nos afastar outra vez sem que eu saiba onde você está mas o amor é mais forte.

Já é noite, sei que ela está expondo em uma galeria não muito longe, provavelmente ja começou. Meus pensamentos perdidos e emaranhados, não sei nem por onde começar.
E se eu não conseguir falar?
E se eu não falar do jeito certo e ela entender errado?
E se ela simplesmente não se importar?
E coisas do gênero me torturam, a cada quilômetro que o carro percorre mais próximo dela, mais difícil fica de respirar.
Desço do carro com o coração na boca, ja a vejo de longe, entro na galeria deslumbrado, é magnífico o trabalho dela, é tão ela.
Por um momento distraído com seus quadros, encontro um pouco de paz e retomo o ar, no entanto não por muito tempo, ouço meu nome ser chamado.

- Josh? Josh é você? - Me viro e deparo com aquele par de olhos azuis, me encarando confusos e até assustados.

- Oi, oi Maya.

- O que faz aqui?

- Bom te ver também. - Falo com ironia e um sorriso no rosto, que logo se desfez, havia um garoto loiro ao seu lado, sinto uma pontada no peito, não consigo disfarçar meu desconforto. - Oi, prazer Josh Matthews.

- Prazer Adrien LaFountaine. - O francês se pronuncia.

- Maya?

- Você não me respondeu. O que está fazendo aqui?

- Podemos conversar sobre isso depois em particular?
Senti sua falta.
Está magnífica sua arte, parabéns.

- Obrigada, vamos conversar logo após o fim da exposição certo?

- Como quiser. Bom então me conte como vocês se conheceram?

- Na verdade eu sou filho da dona da galeria, porém a gente se esbarrou na rua, parece não sei, destino. - Ele olha fixamente para Maya, fazendo meu sangue fever.

- Hum. Eu conheço Maya, a muito tempo.

- Eu sei.

- Como assim você sabe? - Pergunto confuso olhando para ela, que está desconfortável com toda essa situação hostil. 

- Nós conversamos, sobre você, Riley, tudo.

- Vocês conversaram hum? Interessante.

- Meninos se me dão licença preciso falar com algumas pessoas, por favor se controlem. Josh.

- A mas... - Sou interrompido pelo meu celular que toca, e atendo Riley.

- Alô?

- Onde você ta?

- Em Paris?

- Meu pai me falou, eu quero um endereço tio Josh.

- Você tá aqui? Como assim? Por que?