O Orfanato.

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SOPHIA

        Minha história começou quando alguém me abandonou na porta

de um orfanato no Brooklyn, em New York, aparentemente eu 

estava em uma cesta dourada ainda recém nascida, bom... isso

foi o que a Sra. Baynes falou. Sra. Baynes é a responsável pelo

orfanato, ela quem cuidou de mim desde o dia 8 de outubro

de 2013, essa é a data em que eu comemoro meu aniversário, 

por que... você sabe, não é ? Eu não sei o dia em que nasci, muito

menos sei quem são meus pais.

        Hoje, 12 anos depois, Sra. Baynes me contou como ela me viu

pela primeira vez. Ela disse que eu era um bebê lindo em 

uma cesta de ouro brilhante que desapareceu misteriosamente 

assim que ela me pôs nos braços, junto à mim tinha uma carta 

onde dizia que meu nome era Sophia Forbes, foi só oque 

ela me contou. Eu sempre pergunto o que mais tinha escrito 

e ela sempre da a mesma resposta: Você saberá quando precisar saber.

        Eu frequento a escola Berkeley Carroll, bem... é a terceira escola

que eu frequento em apenas 1 ano. Eu sempre dou algum jeito

de ser trânsferida ou expulsa da escola, mesmo não sabendo 

exatamente oque eu faço, mas com certeza, não é nada normal

uma menina da 6ª série explodir a sala de ciências durante a aula.

Ninguém acreditou quando eu disse que Mindy Howard, a garota mais

feia da sala, tinha apenas um olho no meio da testa, eu me assustei

e então "acidentalmente" peguei um dos tubos de ensaio da mesa

que tinha um liquido azul estranho e misturei com outro que tinha

um liquido verde, então joguei nela e, bem... ela foi atirada para a 

parede atravessando até a sala da 8ª série e caindo de traseiro

no chão, 5 segundos depois ela explodiu em areia dourada.

        E aqui estou eu, no Orfanato Baynes, com minha rotina de sempre:

Acordar, tomar banho, vestir o uniforme, tomar café da manhã, ir

para a escola, sofrer bullying por ser baixinha (ainda assim consigo

ser flertada por alguns dos garotos desejados da escola, 

mesmo sendo baixinha, eles diziam que eu sou linda), 

mas o garoto que eu quero mesmo, está no orfanato: David Crawford.

        Assim como eu, David também foi deixado no orfanato ainda recém

nascido, mas não em uma cesta dourada como a minha, ele foi

encontrado na mesa de jantar central do orfanato, onde sentam

apenas os funcionários e os voluntários que ajudam cuidando

das crianças menores, ninguém sabe como ele foi parar lá,

mas também tinha uma carta dizendo o nome dele e o nome de 

sua mãe: "Danielle Crawford", porém 3 anos depois de David,

uma menina, também recém nascida apareceu novamente na

mesa central do Orfanato, com uma carta dizendo que seu nome

era Amber Crawford, na carta também estava dizendo que ela

tinha um parente no orfanato, devido ao sobrenome, todo mundo

resolveu que o parente dela era David, então David criou Amber

como sua irmãzinha mais nova, ele com 13 e ela com 10 anos.

        – Você viu Amber por ai ? – David me perguntou, eu poderia

achar que ele estava envergonhado, por que seu rosto estava

vermelho. - Não encontro ela em lugar nenhum. – Continuou

ele.

        – Não, eu ainda não vi ela hoje, quando acordei, ela não

estava na cama. - Acho que eu também estava envergonhada

de falar com ele, por que senti meu rosto formigar. – V- você

já perguntou ao Edson ? – Gaguejei. Edson, é o melhor amigo

de David, ele era um garoto moreno que usava muletas e era o

único garoto de 11 anos do orfanato que, estranhamente, 

tinha cavanhaque.

        – Ainda não perguntei à ele, também não o vi hoje. – David

parecia bem envergonhado mesmo, pois seus olhos não encontravam

os meus enquanto falava.

        – Eu vou procurar no banheiro das meninas, você procura o

Edson.

        – Tudo bem – Ele disse, então disparou escada à cima.

O herdeiro de HeraOnde histórias criam vida. Descubra agora