Capítulo Um.

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ANTONELA 💬

Perder meus pais naquele acidente horrível de carro, com certeza foi a pior coisa que aconteceu na minha vida, por 1 ano eu fiquei sem saber o que fazer, como continuar a vida, a D.Vera e o S.Carlos são e pra sempre vão ser a base da minha vida, do meu caráter e da minha educação, devo tudo a eles, e agora 1 ano e meio depois da morte deles, eu vou honrar tudo que eles me ensinaram e vou atrás dos meus sonhos, viajo em 2 dias para NY, a trabalho, vou estagiar por duas semanas em uma agência de modelos, vai ser uma grande oportunidade pra mim e pra minha futura carreira de modelo.
Antonela: Vou ligar pra o hotel que vou ficar hospedada, preciso fazer minha reserva –Falei pra Heloísa que não me dava muito atenção vidrada na tela do celular.– HEEELOÍSA
Heloísa: Oiii Antonela, que gritaria ! –Largou o celular e me olhou, é uma cara de pau mesmo viu –
Antonela: Tenho que fazer minha reserva –Revirei os olhos–
Heloísa: E eu com isso Antonela? E eu com isso? –Me olhou–
Antonela: Ridícula– Rimos e eu pulei no sofá do lado dela–
Liguei pra o hotel de NY e a Helo me ajudou a passar meus dados direitinho e depois de quase uma hora de ligação consegui, meu inglês é bom, mas ela falava muito rápido, quase impossível entender.
A Heloísa é minha melhor amiga, a base de minha vida desde que meus pais morreram, a gente divide apartamento, a convivência não é muito fácil, mas com o amor que sentimos uma pela outra estamos lidando com as diferenças.
...
2 Dias depois...

Finalmente era o dia da minha viagem, depois de tomar um banho demorado e fazer minhas higienes matinais, vesti uma lingerie branca, um conjunto preto, peguei meus óculos escuros, fiz uma make básica, calcei um sapato branco, me olhei no espelho e sai do meu quarto, caminhei até a escada e desci minhas malas.
Antonela: Bom dia, flor do meu dia –Falei com dificuldades descendo as escadas e avistado a Heloísa sentada em uma das cadeiras da bancada da cozinha–
Heloísa: Bom diaa amiga –Disse animada e com a boca cheia, acho que era tapioca que estava comendo– Seu voô é de que horas?
Antonela: 11:30AM –Respondi colocando as malas no canto da sala e caminhando até a cozinha–
Comi a mesma coisa que a Helo e sim era tapioca de frango e queijo, ficamos ali conversando e ela me deixou no aeroporto logo em seguida, pedi pra ela tirar uma foto minha e postei no instagram.
Fiz Check-in e logo procurei o portão de embarque.
Heloísa: Amiga, eu te amo e vou sentir sua falta, aproveita essas duas semanas, eu tenho muito orgulho de você. – falou me abraçando forte e eu senti meus olhos marejarem–
Antonela: Eu te amo muito amiga, obrigada por tudo, tudo mesmo, eu juro que volto logo – Sai do abraço e dei o beijo estralante na bochecha dela.–
XxX: Última chamanda pra o voô 345 – Ouvi e reconheci que era o meu voô, terminei de me despedi da Helo e embarquei.
Desligo meu celular ao entrar no avião e me acomodo no meu lugar. Assim que ultrapassamos as nuvens, uma pontada de dor atravessa meu peito é a saudade dos meus pais que me atinge em cheio, eles eram e sempre vão ser importantes demais pra mim.. Acabei pegando no sono entre meus pensamentos.
A viagem foi longa e cansativa e tudo que mais queria era dormir. Então cheguei em NY e chamei um taxi, passei o endereço pro taxista e ele falava português, mas fui testando meu inglês, passou-se uns 15 min. O taxi chegou, eu paguei o mesmo e ele me ajudou a tirar as malas do carro e colocar no carrinho do hotel, agradeci e entrei no hotel, fui até a recepção.
Antonela: Boa Noite –Falei simpatia com a moça atrás do  balcão–
Recep: Boa Noite senhorita, em que eu posso ajudar? –Me olhou e sorriu–
Antonela: Fiz reserva pra duas semanas, meu nome é Antonela Smith –Falei–
Recep: Você sabe o número do quarto? – Ela digitou alguma coisa no computador a sua frente–
Antonela: 407
Recep: Desculpa senhorita, mas o 407 já está ocupado – Falou um pouco sem jeito e sorriu de canto–
Antonela: Como assim? Não, por favor verifique novamente, eu fiz reserva, peguei por ela e preciso dela –Me alterei um pouco e disse nervosa–
Recep: Senhorita eu não posso fazer nada, eu sou apenas a recepcionista, não tenho culpa da falta de organização do hotel –Ela continuava com aquela cara sonsa e sorriu de lado outra vez–
Antonela: Nossa vocês não podiam ter feito isso – Senti meus olhous marejarem e logo uma lágrima caiu pela minha bochecha–
Recep: Por favor se retire, não quero ter que chamar os seguranças –Disse seca e sem me olhar–
Fiquei totalmente sem chão e sabia que ficar ali descutindo com ela não ia adiantar, eu ia acabar passando mais vergonha e sendo até humilhada. Sai correndo daquele hotel e com a vista embaçada afinal tava chorando muito.
Quando sai na porta giratória dei de cara com um homem e cai no chão.
Quando olhei pra cima avistei um homem e que homem, me olhando com um olhar curioso, olhos esverdeados, pele branca, cabelo preto, tatuado.

[...]

Continua....

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