Um cara humilde

5 0 0
                                    

O time de Otávio começa com a bola por ter ganhado a última partida. Otávio toca pra Caio que logo já se marcado, ele toca para para Diego que está mais atrás para tentar tirar a marcação da bola, mas não adianta muito, logo ele já está sendo pressionado por outro. Diego na situação tenta fazer um passe longo para Otávio no ataque, mas a bola para em Pedro, que rouba a bola antes de chegar em Otávio.
- Nossa vez! - diz Pedro para o time.
Ele avança pela lateral direita da quadra driblando Caio e Diego. Quando ele se vê bloqueado por Adriano, toca para um de seus companheiros de time que está desmarcado na parte esquerda da quadra quase na estrada da área do gol. Ele chuta de primeira fazendo um golaço, sem chance de Arthur defender.
Eles comemoram de forma contida e voltam para suas posições.
- Que droga! - diz Otávio - Já tomamos um gol.
- Calma que a gente consegue empatar. - diz Caio.
- Vamos lá! - diz Diego.
Eles recomeçam a partida. Otávio faz um toque rápido para Diego e avança um pouco. Diego faz outro toque longo, só que dessa vez ele faz isso rapidamente e a bola chega até Otávio.
- Vocês vão ver agora! - diz Otávio.
Ele chuta a bola com força no canto superior direito do gol, mas Henrique defende e logo já faz a reposição de bola, ele joga para Pedro que recebe de peito e já faz a conexão dos passes. O time de Pedro é muito sincronizado, diferente do time de Otávio que tem mais habilidade individual.
Depois de 4 minutos o jogo já estava 2x0 para o time de Pedro. Otávio já estava irritado por não conseguir marcar. Aos 8 minutos o time de Pedro faz o terceiro gol e acaba a partida.
- Que droga! - diz Otávio frustrado com a derrota.
- Isso que acontece com nossos adversários. - diz Pedro - Apenas a derrota.
- Caralho, que humilde. - diz Diego.
- Você se acha demais. - diz Otávio para Pedro.
- Não disse nenhuma mentira. - diz Pedro.
- Caralho, que humilde. - diz Caio.
- Eu aposto 5 reais que o Otávio vai meter um socão no de cabelo rosa a qualquer momento. - diz Arthur
- O de cabelo rosa tem nome. - diz Henrique se aproximando para defender seu querido amigo - E é Pedro.
- Chegou o maromba agora. - diz Arthur - Cuidado, Otávio.
Otávio já está na dúvida de quem ele quer bater mais, no Arthur ou no Pedro.
- O time que perdeu sai aí que a gente quer jogar. - diz um dos rapazes que está esperando para jogar.
- Vamos galera. - diz Diego.
- Isso ainda não acabou. - diz Otávio para Pedro.
Pedro não responde e volta para sua posição de jogo. Otávio é puxado pelo braço por Caio para fora da quadra.
- Vamos logo, caramba. - diz Caio - para de ser barraqueiro.
- Eu não sou barraqueiro! - diz Otávio puxando o braço para que Caio o soltasse - Não enche.
- Só vive passando vergonha mesmo. - diz Arthur.
- Cala a boca, Iscariotes! - diz Otávio.
- Vocês viram que o jogo já tá 1x0, meu? - diz Adriano.
- O quê? Como assim? - diz Caio - O jogo acabou de começar.
- Que time ruim. - diz Arthur sobre o time que está jogando contra o time de Pedro.
- O time do Pedro que é realmente muito bom. - diz Diego.
- Verdade. - diz Caio - Eles são muito sincronizados.
- Vão ficar babando ovo agora? - diz Otávio.
- Não estamos babando ovo, isso é só perceptível. - diz Diego - Agora a gente tem que pensar no que fazer para jogar contra eles na próxima.
- Aceitar a derrota. - diz Arthur.
- Pois você cuide de fechar o gol, seu merda. - diz Otávio.
- Eu não sou goleiro, cacete! Não sei defender. - diz Arthur.
- Adriano, tem problema você ir pro gol na próxima? - diz Diego.
- Tá bom, meu. - diz Adriano.
- Então nos resta tentar ser mais rápidos que eles. - diz Caio.
Enquanto eles conversam sobre o que fazer na próxima partida, o time de Pedro vence o outro sem piedade e a partida termina.
- Está bom por hoje. - diz Pedro - Vamos embora.
- Certo. - diz o time de Pedro em coro.
- Quê? - diz Diego - Eles já vão?
- TÁ FUGINDO, SEU COVARDE? - grita Otávio.
- Nós não devemos satisfação a vocês. - diz Pedro saindo da quadra juntamente com seu time.
- Desgraçado! - diz Otávio.
- Calma, Otávio. - diz Diego - Na próxima a gente vence eles.
- Sim, eles são da Raimon. - diz Caio - No interclasse a gente vence.
- Mas não somos todos da mesma sala, cabeção! - diz Arthur.
- Ah. - diz Caio - Tinha me esquecido disso.
- Eles devem voltar aqui outro dia. - diz Diego - Aí será nossa chance.
- Isso! - diz Caio.
- É nossa vez de jogar, meu. - diz Adriano - Vamos logo, meu.
Eles entram na quadra de novo e voltam a jogar. Depois de algumas partidas, começa a anoitecer e eles voltam para suas casas.
Esse interclasse vai ser uma loucura.

Inazuma Beherri - Os relâmpagos em SampaOnde histórias criam vida. Descubra agora