Capítulo IX

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Já havia se passado dois dias desde o baile de gala

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Já havia se passado dois dias desde o baile de gala. Mary aproveitou que a neve começou a cair e ficou durante esses dias em seus aposentos ao lado da lareira lendo e tomando chá a maior parte do tempo.

Ela já estava pronta para descer para o almoço e enquanto terminava de colocar seu colar, ouviu batidas em sua porta. Pediu para que a pessoa entrasse e quando viu quem era, seu coração quase saiu pela boca.

— Francis? — Ela perguntou nervosa. — Em que posso lhe ajudar?

— Desculpe vir aqui em seus aposentos, mas eu precisava te ver e como você não aparecia desde o dia do baile, resolvi vir à sua procura. — Ele confessou, se aproximando dela.

— Precisava me ver? — Ela perguntou quase incrédula. 

— Sim, eu quero tentar entender o que eu fiz para te deixar tão chateada e me tratar do jeito que tratou naquela noite. — Ele falou firme. — Você não estava agindo como usualmente age.

— Como eu já disse antes, eu não sei se você se importa mesmo se eu estou ou deixo de estar chateada.

— Pare com isso! — Ele exclamou. — Por que você insiste em falar isso? Eu me importo com você, Mary.

A morena o encarou por um momento e soltou um suspiro.

— Olha, eu não quero mais falar sobre isso, por favor.

— Me diz, o que está acontecendo? — Ele insistiu.

— Por que você pensa que está acontecendo algo? Nada está fora do normal. — Ela falou irritada.

— Não, tudo está fora do normal! — Ele exclamou. — Você mudou completamente comigo de uma hora para outra, de repente. Você está estranha.

— Como você pode saber? — Ela perguntou, virando-se de costas para ele e caminhando em direção a janela. — Você mal me conhece, Francis. Por favor, vá embora. — Agora a irritação havia dado lugar para o desânimo.

— Mary, eu te conheço mais do que você imagina. — Ele continuou, convicto.

— Como pode dizer isso com tanta certeza, se nos conhecemos há tão pouco tempo?

— Foi tempo suficiente para eu ver o quanto você é única e extraordinária e que é a menina mais linda, determinada e doce que eu já conheci. — Ele respirou fundo antes de continuar. — Você não percebe, Mary? Eu... Eu estou... 

— Não, não continue! — Ela pediu, desesperada, virando-se para ele.

— Por que não? — Ele perguntou quase em um sussurro, se aproximando dela.

— Porque eu vi o jeito como Olivia sorriu para você e você para ela no dia da anunciação, ela ficou feliz por ter continuado aqui e você também. Você acha que não passa pela minha cabeça que você age desse seu jeito, com nós duas? Não posso ser tola em pensar que você é esse príncipe gentil e amável só comigo. — Ela confessou decepcionada. —  Você está tentando conquistá-la assim como a mim, afinal, viemos aqui para sermos escolhidas por você como futuras esposas. Eu não posso me deixar levar e depois sair magoada.

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