Capítulo XIII

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Depois da conversa turbulenta com Hermione, Rony foi ao encontro de Lola, que o aguardava no salão de jantar

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Depois da conversa turbulenta com Hermione, Rony foi ao encontro de Lola, que o aguardava no salão de jantar.

— O que houve, Rony? — Ela perguntou ao ver a expressão irritada do ruivo. — Suas orelhas parecem que vão explodir.

— Não é nada. — Ele respondeu, ainda com a cara amarrada.

— Tudo bem então… — Lola falou simplesmente, percebendo que não deveria insistir. — Vamos dar uma volta pelos jardins? Talvez isso te acalme.

— Podemos ir, mas eu não estou nervoso.

— Ah, claro que não. — Ela disse irônica, puxando o amigo para fora do salão.

Depois de alguns minutos caminhando calados pelos jardins do castelo, eles sentaram-se em um banco próximo às roseiras. Rony se recostou e olhou para o céu, observava as estrelas brilhando e aquilo lhe trazia uma calma tremenda. Lola decidiu que aquele era o momento de falar tudo que queria. Respirou fundo, ao mesmo tempo em que sentia seu coração acelerar, estava tão nervosa, que suas mãos suavam. Não sabia como começaria a falar, mas precisava ser naquele instante.

— Rony… — Ela começou, sentindo a voz trêmula. — Eu quero conversar com você sobre uma coisa.

— Diga. — Ele falou distraído, ainda observando as constelações.

— Bom, eu estou muito nervosa para te falar isso, mas eu sinto que não posso deixar para depois. — A morena continuou e Rony percebeu a aflição em sua voz.

— Fale Lola, o que houve? — Ele perguntou, agora preocupado e olhando firme para ela.

— É que eu… eu te amo, Rony. — Ela falou por fim, olhando no fundo dos olhos dele. — Eu sou apaixonada por você.

O rapaz continuou encarando a morena a sua frente, com os olhos estatelados e sem saber o que dizer. Não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, Lola havia acabado de dizer que o amava?

— O quê? — Foi a única coisa que ele conseguiu falar, depois de fitar sua amiga por longos minutos.

— Me desculpe por estar te dizendo isso assim de repente, mas é a verdade, eu te amo. — Ela segurou em suas mãos. — Nós crescemos juntos e esse meu amor por você também, cada vez mais e eu não posso mais esconder isso.

— Por que está me contando isso só agora?

— Porque eu nunca tive coragem de revelar isso para você antes, quando estávamos em Linlithgow. Eu tinha medo, era insegura e deixei a oportunidade passar. Agora que o destino nos uniu novamente, eu precisava te contar.

— Lola… —  A cabeça de Rony girava. Não sabia o que pensar, ou ao menos o que falar para a menina a sua frente, pois ele a via somente como uma amiga, nada mais.

Subitamente, sua discussão de alguns minutos atrás com Hermione lhe veio à mente; ela estava certa afinal, sobre os sentimentos de Lola por ele.

— Fale alguma coisa, Rony, por favor. — A amiga pediu, depois dele se manter quieto novamente.

— Você é uma garota linda, gentil, encantadora e muito amável, Lola. — Ele começou, engolindo em seco e pegando nas mãos da amiga, carinhosamente.

— Mas… — Ela sugeriu, em meio a uma expressão triste.

— Mas eu te amo como uma irmã, me desculpe. 

Aquela frase atingiu Lola em cheio. Ela sabia que tinha chance de não ser correspondida, mas não poderia imaginar que sentiria uma dor como aquela. Seu coração apertou e sentiu que as lágrimas escapariam a qualquer momento.

— Não precisa se desculpar, seu bobo! — Ela falou, com a voz embargada.

Rony a encarou mais um pouco e a puxou para um abraço.

— Serei sempre seu amigo, você sabe disso.

Lola fechou os olhos e deixou as lágrimas caírem. Rony jamais entenderia que ser só sua amiga nunca seria suficiente.

— Eu sei disso. — Ela respondeu, limpando as lágrimas. — Eu só precisava te contar o que sentia, não podia mais guardar para mim, precisava arriscar.

— Lola…

— Não precisa falar mais nada, está tudo bem. — Ela tentou parecer tranquila, levantando-se. — Vou para o meu quarto agora. 

O ruivo acompanhou com o olhar a amiga se distanciar e sentiu-se muito mal por dentro. Lola gostava dele e ele não fazia a menor ideia disso. Sentia-se um tolo e um péssimo amigo.

Deitou-se no banco, por fim, observou o céu escuro com todas aquelas estrelas brilhantes e depois fechou os olhos. A imagem de Hermione instantaneamente surgiu em sua mente. Ela estava tão linda naquela noite.

Por um momento sentiu-se culpado por estar pensando em Hermione, depois de Lola ter se declarado para ele, mas sabia que não podia evitar, era mais forte do que ele, a princesa estava constantemente em seus pensamentos. Soltou um longo suspiro, e passou a mão pelo cabelo. Não queria ter se desentendido com Hermione daquela forma e sentia-se arrependido pelo jeito que discutiram, ainda mais agora sabendo que ela estava certa. 

Balançou a cabeça e decidiu parar de pensar em tudo aquilo, se levantando logo em seguida e caminhando em direção aos seus aposentos.

(...)

No fim do banquete, depois de quase todas as pessoas terem ido embora, Francis viu uma oportunidade para se aproximar de Mary.

Ela estava sozinha, enquanto bebia uma taça de vinho branco no canto do salão.

— Você está deslumbrante. — Ele elogiou, ao admirar a princesa com seu vestido preto, que possuía detalhes arroxeados em sua barra.

— Obrigada. — Mary respondeu, sentindo o coração acelerar no momento em que ouviu a voz do loiro.  — Agora se me der licença. — Ela virou de costas para ele, tentando sair dali.

— Mary, por favor. — O príncipe pediu, segurando delicadamente em seu braço.

— Me solte, Francis.

— Eu só quero conversar com você.

— Não temos mais nada para falar. — Ela respondeu, sentindo a respiração pesar a medida que Francis se aproximava dela.

Os dois se encararam por alguns longos segundos, sem dizer nada. Alguma coisa parecia puxar eles para perto um do outro e só se distanciaram, pois Catherine se aproximou, chamando pelo filho.

— Francis, por favor venha cumprimentar o Duque de Argyll, ele está ansioso para lhe conhecer. 

O loiro sem ter escolha, desviou o olhar de Mary e soltou um longo suspiro, largando seu braço.

— Majestade. — A princesa prestou uma reverência para a rainha e saiu de perto deles logo em seguida.

— Não me pareceu que ela estava muito à vontade com você, meu filho. — Catherine comentou irônica, percebendo a relutância de Mary em ficar perto do príncipe. — Ela já sabe que você a escolheu como futura esposa?

— Agora não, mãe. — Francis a cortou, irritado. — Vamos logo falar com o duque.

O príncipe respirou fundo e caminhou ao lado de sua mãe para junto de alguns nobres que estavam reunidos. 

Tudo o que ele mais queria era se resolver com Mary e tentava manter as esperanças de que conseguiria isso.

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Esse capítulo foi bem curtinho, eu sei... ;(
Mas foi necessário rs
O que acharam?
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Amo vocês e até o próximo❤️

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