La Belle De Jour • Reddie

6. onde tudo começou

Há mais ou menos dois anos atrás Richie e Eddie voltaram para a Califórnia, e na barra mais pesada que os rapazes já enfrentaram em toda as suas vidas, eles compraram sua casa - a qual eles insistiram que fosse beira-mar - e adotaram mesmo uma criança. Clarice era o nome da garotinha, que agora tinha por volta do seus três para quatro anos, e ninguém nunca havia visto os dois homens mais felizes da vida como estavam naquele momento, aproveitando aquela vida que era tudo como eles já haviam sonhado, mas viver foi muito melhor do que sonhar.

Richie tinha suas longas pernas esticadas pelo chão e suas mãos afundandas na areia castanha. Ele sentia a brisa da praia no seu rosto, e ouvia os cantos das gaivotas junto ao barulho da maré, enquanto observava sua pequena garotinha de biquíni vermelho na beira das águas, brincando com as conchas que encontrava. Ela era estranhamente a mistura perfeita dos seus pais, com seus cabelinhos lisos e castanhos igual os de Eddie quando era criança, e sua pele que era quase tão pálida quanto a de Richie. E claro, o sorrisinho de dentinhos tortos que lembrava o do Tozier e que fazia os dois ficarem extremamente bobos.

Richie sorriu ao ouvir a risada doce e inocente da garotinha, sendo pego de surpresa com mãos miúdas em suas costas e ombros, logo ouvindo uma voz que beirava a de um anjo sussurrando no seu ouvido, a voz de Eddie que o encarou com seu olhar ainda pequeno e agateado e com seu jeito que ainda conquistava Richie com extrema facilidade. Ele se permitiu sentar no colo do maior, abraçando seu pescoço e sentindo ser agarrado pela cintura enquanto também observava a filha.

Richie deixou um beijo na bochecha do marido antes de subir sua mão até seus cachos e lhe proporcionar um cafuné, vendo o mesmo sorrir com seu ato. Eddie olhou no fundo dos olhos castanhos escuro de Richie antes de tomar seus lábios. A cada dia que passava parecia que os lábios do maior era ainda mais gostoso para Eddie, e enquanto segurava o queixo do pequeno com seus dedos, Richie aprofundou ainda mais o beijo e ousou puxar lentamente os cachos do mesmo para ouvir o suspiro pesado que ele tanto ama ver Eddie soltar.

O mesmo, lutando contra seus desejos, se separou do beijo e deixou vários selinhos nos lábios vermelhos do mais velho, antes de levantar o olhar para a pequena garotinha que os olhava com uma feição curiosa, o que deixou Eddie extremamente envergonhado e Richie com uma vontade imensa de rir.

— Por Deus, Richie. — Eddie sussurrou com suas bochechas vermelhinhas e causou de vez a risada do rapaz ao lado, antes de deitar sua cabeça em seu ombro e receber um beijo na nuca vindo do mesmo.

— Eu te amo, Lindinho. — Richie sussurrou acariciando suas costas, sendo rápido ao roubar um selinho dele.

—  Eu também te amo, mas não me beije daquele jeito na frente dela. — sussurrou, sorrindo para a garotinha que acenou e correu na direção deles. Richie admirou ela correr com suas perninhas curtinhas e se jogar no colo de Eddie enquanto mostrava as pequenas conchinhas em suas mãos, e Richie nunca imaginou que estaria realmente ali, mas aquilo era perfeito, era perfeito estar no lugar onde tudo começou, onde ele conheceu Eddie e disse que ele era o amor da sua vida, e agora poder chamá-lo de marido, de ter uma filha ao lado dele e de poder dizer com toda convicção do mundo que ele é sim a pessoa mais feliz de todas.

E provando de uma vez por todas que existe sim razão nas coisas que são feitas pelo coração, Richie e Eddie continuaram, até o fim de seus dias, sendo os opostos mais compatíveis de todos.