Algumas semanas tinham se passado. Jaehyun continuava a implicar o Kim com irritações e flertes que Jung dizia ser apenas brincadeira. A essa altura Doyoung ja questionava sua sexualidade, pois todas as vezes que Jaehyun flertava consigo suas bochechas coravam e ele corria como um garotinho assustado que nunca flertou com alguém, - e realmente não havia flertado, nunca com homens pelo menos - xingava o Jung e corria para sua casa com olhos arregalados. Podiam se considerar amigos.
Doyoung havia se reaproximado de uma antiga amiga, que ia a sua casa frequentemente, e isso deixava Jaehyun com uma pulga atrás da orelha. O Jung não sabia se era apenas uma amiga de Doyoung ou se era algo a mais que isso.
[...]
Era sábado, dia que Doyoung dormiria até sua mãe o chamar para almoçar, ou pelo menos achava que iria dormir. Estava confortável em sua cama quando ouvira barulhos de algo batendo contra sua janela. Pegou seu celular e olhou as horas, eram oito da manhã. O Kim estava indignado por ter acordado as oito da manhã em pleno sábado. Se levantou para ver o que infernizava seus sonhos fazendo um barulho irritante na janela, assim que a abriu sentiu uma pedrinha atingir seu pescoço, "mas o quê?!" pensou fazendo uma expressão confusa. Logo pegou seus óculos e avistou um Jaehyun procurando pedrinhas em seu quintal e as jogando na janela do garoto.
- Mas que porra você 'tá fazendo, Jaehyun?! - o Kim gritou sem paciência - Você sabe que horas são? São oito da manhã!
- Calma ai Dodo, eu 'to tentando te acordar faz 15 minutos, parece uma pedra dormindo - disse emburrado cruzando os braços.
- O que você quer? - perguntou já sem paciência.
- Me empresta algum de seus romances?
- Eu nem sabia que você gostava de ler. - debochou de Jaehyun.
- Na verdade não gosto, mas é que os livros que você lê parecem ser legais, e aí, vai emprestar ou não? - indagou descruzando os braços.
- Se eu emprestar significa voltar a dormir em paz, vou! - Saiu da janela e pegou um livro em sua estante, voltando para a janela e pedindo para Jaehyun abrir as mãos para segurar - Esse aí você deve conhecer, todo mundo conhece, leia e depois me diga o que achou da história. - jogou o livro pela janela e Jaehyun o pegou.
- A culpa é das estrelas ? Não parece um romance.
- Só leia e me deixe dormir - Doyoung fechou a janela e voltou para sua cama quentinha, pegando no sono novamente.
[...]
Após o ocorrido de manhã, o Kim custou voltar a dormir, mas depois que havia dormido parecia uma pedra. Doyoung acordou novamente as dez horas, e acordou apenas por que o sol batia em seu rosto e isso lhe causava incômodo. Se levantou tateando o chão com os pés, procurando por suas pantufas, - eram pantufas de coelhinhos, o que me fazia questionar se o garoto tinha 17 anos ou 10, por que além das pantufas, seu pijama predileto era repleto de ursinhos - e as calçando ao encontra-las. Se levantou da cama e tentou dar um jeito em seus cabelos, que estavam totalmente desgrenhados. Parecia que havia passado um furacão por sua cabeça, mas na verdade, Doyoung apenas se mexia bastante enquanto dormia. Assim que "arrumou" seu cabelo, foi para cozinha comer algo e assim que chegou lá viu sua mãe preparando algo.
- O que está fazendo tão cedo na cozinha? Pensei que o almoço fosse só meio dia.
- Bom dia pra você também. - disse ironicamente ao filho - Hoje vou fazer pizza pra gente, por isso estou começando mais cedo.