12- Restaurante

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Lya narrando

Me sinto culpada. Na verdade culpa é o que mais sinto últimamente, estou cansada disso.

- Acho que vou embora. - Bailey se levanta. Eu vou até ele e afirmo.
- Certo. Desculpa por isso tá? Não sabia que Noah ia chegar agora, achei que ele já estava em casa dormindo. - passo meus dedos por seu rosto e sorri.

- Não é sua culpa Lya. Tudo bem.

Eu o levo até o portão.
- Tchau. Nos vemos depois? - Bailey diz.

- Sim. Sua blusa - começo a tirar mas ele me interrompe.
- Pode ficar, ficou bem melhor em você do que em mim. - Sorrio e me aproximo dele. Passo meus braços pela sua cintura e o beijo.

- Tudo bem. Tchau... - ele me da um selinho e saí. Espero ele sumir com a moto e entro.

Subo as escadas rapidamente e tomo um banho. Quando entro no quarto Noah está dormindo no seu colchão então me visto alí mesmo e me deito. Estou com a blusa do Bailey e seu cheiro me faz sonhar com ele.

~~~

- Bom dia. - Digo assim que me sento na mesa.

É terça feira, vamos voltar para casa na sexta.
Estou triste por isso, minha casa é muito distante e não quero que Bailey fique preso a mim, se estou a quilômetros de distância. Mas não posso negar que estou nutrindo um sentimento por ele.

- Bom dia querida, hoje a noite vamos a um restaurante, esteja pronta as 7:30.  Fiz uma reserva. - Tia Hebie diz sorrindo.

Na maior parte das vezes ela é legal, mas sei que não é lá a melhor das pessoas para se morar na mesma casa. Sofya dizia que não podia levar amigas para casa, nem passear na casa deles. Ela ficava praticamente todos os dias em casa, estudando.

- Tudo bem. - sorrio. Me sirvo e termino de comer em silêncio.

Vou para o quarto e Noah ainda está dormindo. Arrumo minha cama e pego meu livro.

- Você é estranha. - A voz de Noah me assusta.
- Credo garoto! - coloco a mão no peito. Você que é, mal acorda e já com 10 pedras nas mãos para me atacar. - reviro os olhos.

Seu colchão está encostado na parede na direção contrária da cama, e eu estou sentada nela, o que me da a visão total dele deitado.

- Não estou com pedras na mão, o que quero dizer é, você age como a boazinha. Fica ai com esses livros e se fazendo a santa. Mas na verdade está usando Bailey, como um cachorrinho. - ele diz cheio de sarcasmo.

- Ah é? E por que eu faria isso? Eu não uso Bailey, você está louco. - Essa conversa não vai me levar a nada mas não estou nem aí.

- Como não, se você fica se esfregando nele de dia, mas na primeira madrugada que passamos juntos, se entrega pra mim na bandeja e tudo? - Ele sorri com a cara que eu faço.

- Você é um idiota! Cala a boca, não sabe que a vovó está lá em baixo? Quer que ela escute o que está dizendo? - Sussurro.

- Eu não me importo, Lya. Aliás eu até poderia contar tudo para ela, se é o que você teme. Acho que seria divertido fazer isso.

- Você não tem mais o que fazer além de ficar me perturbando?

- Tenho, mas não te importa. Mas até agora você não disse, como consegue se fingir assim Lya? Esconder você mesma? - Ele se levanta e vem em minha direção. Me enfio mais na cama e ele está quase em cima de mim.

Apenas IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora