30- Domingo

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Naquele domingo, as 1:08

Any narrando

- Não sei se acho uma boa, meus pais já estão putos comigo, Any. - Josh diz do outro lado da linha telefônica.

- Joshua! - digo, sem paciência. - Não seja burro, nós não vamos sair por aí se pegando na rua, estou te chamando para vir no meu quarto.

Ele suspira do outro lado da linha. - Tenho que esperar o Noah chegar, ele tá sem chave. - diz como quem não quer nada.

- Juro que se eu for aí e esse garoto estiver no quarto eu...

- Josh! Abre aqui.- Escuto abafado Noah batendo na porta.

- Precisa de mais alguma coisa, surtada? - Josh diz e eu sorrio de lado.

Escuto eles conversarem, Noah diz algo sobre ir ver a Lya. No mesmo instante eu me levanto e acordo a Alyssa.

Tampo o auto falante do celular e digo.

- Noah vai visitar a Elisabeth, agora. - digo baixo.

- Tá, mas idaí?

- Nossa, não seja lerda. É uma da manhã.

- Oque?! - ela abre os olhos de verdade e se senta na cama. - Maldita! Vamos lá.

- Não... Josh está vindo aqui. - faço drama.

- Então mande ele ficar no quarto dele, sua burra!

Reviro os olhos.

- Ei... Josh? Vou ter que sair agora, pode marcar para amanhã? -....- tá bom, desculpa. Beijo.

Desligo o telefone e suspiro.

- Oque vamos fazer? - digo me sentando na cama.

- Vou pensar quando chegar lá, vem.

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Lya narrando, quarta-feira às 02:14

Não sei quantas horas são, meu corpo está bem leve e tudo se move rápido demais. Nem sei onde a Diarra está, ela sumiu faz uns minutos, eu e Sina estamos dançando.

Meu corpo se esbarra contra o de várias outras pessoas e eu gosto da sensação.

Nessa noite eu já fiquei com mais pessoas do que fiquei a vida toda. E eu gosto disso.

Sinto uma mão tocando meu ombro. Me viro e encontro um homem com uma bebida na mão e ele sorri. Mal vejo seu rosto, nem quero prestar atenção.

- Podemos dançar?

- Claro! - Junto meu corpo ao dele e começo a dançar.

Aos poucos ele se aproxima mais de mim e eu selo nossos lábios, começamos um beijo quente e suas mãos vão da minha cintura ao meu couro cabeludo, me fazendo estremecer.

- Gosto do sabor dos seus lábios. - Digo sorrindo.

- Também gosto do seu. - Presto atenção de verdade em seu rosto. Ele era da faculdade, de uma república, eu acho.

Apenas IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora