22- Faculdade

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Faz duas semanas que o Noah e eu não nos falamos.

Ele não vem conversar e nem eu. É o primeiro dia na faculdade e bem... eu estou super nervosa.

Se eu tivesse falando com a Daphne iria ser tão fácil... não ia ter que entrar sozinha, comer sozinha e nem nada. Pensei em até falar com o Noah mas não vou ser tão idiota, ele foi quem resolveu ficar bêbado e me fez correr o risco que passar a noite na cadeia por dirigir sem carteira de motorista.

- Tchau mãe!- dou um beijo nela e ela me entrega uns dólares. - O que é isso?

- Para comer filha, não ouse rejeitar.

Reviro os olhos. - Ok.

Saio de casa e entro no carro do meu pai, ele vai me levar enquanto o turno dele for começar junto com os meus horários.

Vou o caminho todo olhando pela janela e ouvindo música, mas eu tava ignorando totalmente a paisagem e a música, a verdade é que eu estava preocupada com a vergonha que eu vou passar chegando lá sozinha.

No fundamental, quando vim para a cidade, eu fiquei sozinha por 3 semanas, por que me recusava a chegar em qualquer pessoa para conversar, até que a nova aluna chegou e bem, ela não ia saber que eu era uma estranha quieta e antisocial.

- Entregue.

- Obrigada pai.- dou um beijo em seu rosto.

Ok, entro pelo grande portão e fico simplesmente encantada com o tamanho do campus, mas também começo a me preocupar com a possibilidade de eu me perder.

Infelizmente não consigo evitar e começo a pensar se Noah já vai aparecer por agora.

Meus pensamentos desaparecem quando começo a andar em direção a um predio que parecia ser o prédio principal.

- Você pode me ajudar?

Pergunto a um cara que está sentado atrás de uma mesa no canto do cômodo espaçoso e lotado.

- Caloura? Aqui está. Você já deveria estar com isso. - Ele me entrega um papel com o mapa de todo o campus.

- Obrigada. - sorrio.

Entro pela passagem principal, onde tem um corredor bem grande com muitos armários.

Pego minha bolsa e encontro meu papel com meus horários e o número do meu armário e a chave.

- Precisa de ajuda?

Uma voz conhecida diz atrás de mim e me viro, vendo o Lamar sorrindo, encantador.

- Oi! - Sorrio. - Na verdade não vou negar, estou super perdida.

- Eu posso resolver isso. - ele dá risada e entrego meus horários pra ele. - Vem.

O sigo entre as pessoas e várias delas o cumprimentam e param para conversar.

- Ei Lamar, quem é essa? Carne nova? - Um cara vestindo um moletom de um time de futebol diz, me comendo com os olhos. Reviro os olhos.

- Carne do Noah. - Lamar diz e o cumprimenta enquanto eu o encaro abismada.

- Lamar! - O empurro fraco. - Não sou carne de ninguém. - Olho pro cara. - Prazer, Lya.

- Prazer só na cama, - Ele sorri de si próprio.- Lian.

Aperto a mão dele, sem muita emoção.

- Vamos. - Lamar me puxa pela mão e vamos em direção a um armário certo, que sei que é o meu. - 373. Quer que eu te leve pra sua sala?

Sorrio equanto abro o mesmo e coloco meus livros ali. - Claro, obrigada, Lamar. Você não faz ideia de como você está me ajudando.

Apenas IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora