Duologia Caos e Desatres | Livro Um
Havia um motivo pelo qual Wandel Rhett frequentava o Bar Club às sextas de noite.
Desde o princípio se via envolvido no mistério que Annabel Vydrina surtia e nos fatores que giravam em torno desta implacável bad g...
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Era coincidência do destino nos esbarrarmos novamente? Encarando olho no olho e dando evasivas palavras.
O clima que pareceu conquistar Annabel naquela única noite no Bar Club, se desfez. Apenas afirmei vendo sua expressão amarrada, as íris escuras cintilando perigosamente e o preto das vestimentas junto ao cabelo, dando contraste na pele incrivelmente branca como leite.
Seria engraçado falar no pior momento como este, que ela assemelhava à Branca de Neve?
— O porquê do sorriso? — Disparou, temperamental.
Me toquei que ainda sustentava o sorriso presunçoso e cheio de provocações.
Ela causava este efeito absurdo, mesmo sem intenção desta. Simplesmente, algo na aspereza e rebeldia dela me deixava fascinado para ter algum tipo de diálogo. Ou sei lá, eu não era bom em conversas fiadas.
Tirei o cigarro por entre os lábios.
— É uma característica que sustento — enfatizei dando uma piscadela.
Pude ver o queixo de Annabel tremer, segurando a raiva internamente.
— Até alguém quebrar sua cara — sorriu amavelmente, mas ambos sabíamos que agia sarcasticamente. Descendo lentamente os cílios, me fitando dos pés à cabeça e pousando intensamente as íris escuras diante de meu rosto. — Saiu às pressas?
A pergunta soou ridicularizante. Quase inofensiva. Quase.
Eu sabia onde ela queria chegar. Minha boca jazia inchada e avermelhada, e o cabelo revolto jogado para todos os cantos.
— Alguém estava bisbilhotando. — Provoquei. E vi sua reação, entre reconhecimento e repulsa.
Então foi Annabel que me viu de agarração com Nancy. Comprovando o pensamento malévolo. Segurei o riso.
— Claro, — suas palavras eram afiadas como navalhas — expondo descaradamente. Olha, pensei em chamar uma galera para ver vocês enfiando a língua um no outro.