Perdera quantas vezes tive de arrastar um membro da FMI embriagado até seus lares, e na grande maioria, desacordados, devido o ciclo de bebida que terminava em pancadaria.
Empurrava-os até o sofá mais próximo e ia embora. Estavam habituados nesta circunstância, sendo assim, nada de alarme ou necessidade de medicamentos.
Portanto, fazer aquele serviço se tornava desafiador ao carregar uma Vydrina semi-inconsciente, coberta de vômito e estarrecida em meus braços.
De onde tirei a ideia de levá-la para meu apartamento? Amarrei a cara e apressei o passo ao notar a incomodação do sindico e grande parte dos funcionários do prédio.
Sua cabeça jazia alinhada em meu peito largo, a respiração aquecendo aquela região. E meus braços a envolviam possessivamente, desejando ater ao contato, ater em protegê-la por estar frágil.
Reverberei palavrões em murmúrios. A alta tensão me incapacitando de cessar os pensamentos voltados a ela. Como um mar revolto se chocando em pedregulhos, improvável de colidirem, pois, estas rochas são obstáculos e Annabel estava sendo o meu.
Arreganhei os dentes ao destravar a tranca e girar a maçaneta, esforçando para utilizar as mãos que firmavam seu corpanzil pálido. O problema não foi carregá-la, cujo, espantosamente o peso era leve, e sim, a agitação e zunido na cabeça, queria causar desordem para os que a viram assim e não fizeram nada.
Porra, Annabel podia aparentar ter entorno dos 20 anos por ser séria, mas não passava de uma jovem entrando na fase adulta. E sozinha, quem foi o monstro que a largou naquele estado?
A coloquei com uma delicadeza descomunal no sofá. Precisava de uma camiseta e pano úmido para o vômito. A examinei minuciosamente. Seu estado era febril. Num pestanejar Anna aceitava minha oferta, e então, quase ia de encontro ao chão, se não tivesse pego-a neste entremeio.
Soltei a respiração com força pelas narinas. Agitado, focado em tratar de Anna.
Levou menos tempo do que pensei, trazendo água e comprimido junto.
A fiz bebericar e engolir o remédio para passar a tontura e enjoo da bebida. Focado no gesticular de suas articulações ao tomar obedientemente a água, o modo que centrava nela nem de perto significava estar tarando, e sim, ávido por uma melhora.
A deixei descansando no sofá, incerto se tiraria sua camiseta para colocar outra. Não ultrapassaria deste limite, mas o fedor de bile era insuportável, e deixá-la dormindo entre a própria imundice seria impróprio.
O bolso da calça jeans vibrou, alcancei o aparelho telefônico dali. Envolvido num diálogo com o líder da gangue. Tucker era um homenzarrão, cerca de uns 30 e poucos anos e o cara mais gentil que conhecerá, pedi para que desse uma mãozinha em trazer minha moto deixada no estacionamento do Bar Club, junto do carro de Vydrina, cujo a chave que perderá esteve no balcão de pedidos, e graças ao bartender que guardou por saber de quem pertencia, ninguém mexeu.
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Between Kisses And Cigarettes (REPOSTANGEM: FEVEREIRO)
ChickLitDuologia Caos e Desatres | Livro Um Havia um motivo pelo qual Wandel Rhett frequentava o Bar Club às sextas de noite. Desde o princípio se via envolvido no mistério que Annabel Vydrina surtia e nos fatores que giravam em torno desta implacável bad g...