Capítulo 13

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Eu dirigi direto para casa, minhas emoções estavam em um cabo-de-guerra, o caminho todo. Fazer amor com Lauren tinha sido além de incrível, e ela estava certa. Não havia nenhuma maneira que eu poderia fingir que não aconteceu. Mas havia mais do que considerar apenas os meus sentimentos. Para mim, seria apenas moderadamente casual sobre ter dormido com ela. A principal razão do meu pânico, no entanto, era saber como minha mãe iria reagir. Eu não poderia dizer para ela, nunca. E isso significava que eu tinha que parar isto antes que vá mais longe.

Meus avós estavam na varanda, bebendo chá gelado quando parei duas horas depois. Pareciam um cartão postal americano com seus cabelos brancos e roupas simples, rostos enrugados pelo tempo.

―Olá. -Eu cumprimentei-os distraidamente.

Houve um resmungo de minha avó. Logo depois veio um berro de indignação do meu avô. Eu só os encarei.

―Qual o problema com vocês dois?

Curiosa, eu assisti o meu avô se tornar três tons de vermelho. Afinal, não era como eu nunca tivesse voltado no dia seguinte várias vezes antes e nunca tinha comentado sobre isso. Eles tinham adotado um "não pergunte, não diga" quando chegava de minhas tardes noites.

―Sinuhe, venha aqui fora, menina! -Ele ignorou minha pergunta e se pôs de pé. Um momento depois minha mãe saiu, seu rosto tão confuso quanto o meu.

―O quê? Há algo de errado?

Ele respondeu-lhe ainda tremendo de ira.

―Basta olhar para ela. Olhe para ela! Você não pode me dizer que ela não estava fazendo nada de errada noite passada! Não, ela estava convivendo com o diabo, que é o que ela estava fazendo!

Eu paralisei, forçando meu cérebro para descobrir como ele descobriu que eu tinha dormido com a personificação do diabo em forma de vampira. Tinha crescido presas? Chequei meus dentes com o dedo, mas eles estavam tão quadrados e planos como o normal. O gesto enfureceu ainda mais.

―Não mostre o dedo em seus dentes para mim, senhorita! Quem você pensa que é?

Para seu crédito, ao menos desta vez minha mãe começou a me defender.

―Ah, pai, você não entende. Ela... - Sua voz sufocou abruptamente, ela olhou para mim com um olhar chocado.

―O que? - Perguntei assustada.

―Seu pescoço ...- Ela sussurrou, a descrença em seus olhos.

Aterrorizada, eu a empurrei e corri para o banheiro mais próximo. Havia marcas de mordida? Deus, e se Lauren tivesse me mordido, sem eu perceber? Uma vez que eu olhei meu reflexo, no entanto, o motivo de sua reação ficou claro. Em espaços irregulares e em diferentes tons de azul estavam quatro-não, cinco chupões. Não apresentava perfurações de dentes de um vampiro, mas simples, inconfundíveis chupões. Abrindo a blusa de Lauren, vi que meus seios apresentavam marcas semelhantes. Boa coisa não ser decotada, ou eles teriam todos caídos mortos imediatamente.

―Eu sei o que é! -Vovô gritou-me da varanda. ―Você deveria se envergonhar de si mesma, ficar a noite toda fora, não um noivo muito menos um namorado. Vergonha!

―Vergonha! - Minha avó repetiu. É bom saber que ainda chegam a um acordo sobre as coisas, depois de quarenta e três anos de casamento.

Subi para o meu quarto, sem respondê-los. Era definitivamente hora para eu procurar acomodações alternativas. Talvez aquele apartamento estaria vago imediatamente. Para minha total falta de surpresa, minha mãe me seguiu.

―Quem é ele, Karla Camila? – Ela me perguntou logo que fechou a porta. Tinha de lhe dizer algo.

―Alguém que eu conheci quando estava à procura de vampiros. Nós, ah, temos algo em comum. Nos matamos as mesmas coisas. - Não há necessidade de entrar em mais detalhes. Como um dos mais importantes, Lauren ser mulher não me preocupava tanto quanto sobre ela ser um vampira.

Night Huntress (Camren G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora