Eles leram meus direitos, algo que eu não prestei muita atenção, porque eu não preciso de um aviso da lua para saber que fechar a boca era o melhor negócio. Então, depois de meia hora de me recusar a responder quaisquer perguntas, enquanto eu estava algemada a uma maca na traseira de uma ambulância, um alto e magro policial abriu caminho através da multidão.
― Vou levá-la junto comigo, Kirkland.
O oficial que tinha lido os meus direitos, presumivelmente Kirkland, hesitou.
― Tenente Isaac? Mas-
― Em breve, este lugar vai estar cheio de helicópteros da mídia e precisamos de algumas respostas, não 'Tenente' digo eu! - O homem repreendeu.
― Ei, eu estou destruída aqui, rapazes. Vocês sabem, sangrando e tudo mais. - Eu apontei.
― Cala a boca. - Isaac disse secamente, e empurrou-me da maca. Os atendentes médicos olharam para ele, incrédulos. Isaac, em seguida, puxou-me pelas minhas mãos algemadas para segui-lo, enviando uma nova dor através do meu ombro. Kirkland ficou boquiaberto, mas ele não disse nada. Parecia que ele não podia esperar para sair de lá.
Tenente Kirkland empurrou-me não muito delicadamente para a parte traseira de um carro de polícia à paisana. A única coisa oficial nisso era a luz vermelha piscando no painel. Olhei em volta surpresa. Era esse um procedimento habitual?
― Estou ferida, e vocês palhaços já tiveram a mim por trinta minutos. Eu não deveria ser levada para um hospital? - Eu perguntei enquanto Isaac ligou o carro.
― Cala a boca. - Disse ele mais uma vez, cortando através do labirinto de carros de polícia ao redor do imóvel demolido.
― Porque qualquer bom advogado iria totalmente chamar isto de violação dos meus direitos. - Eu continuei ignorando isso.
Ele me olhou furioso pelo espelho retrovisor.
― Cala essa maldita boca. - Ele repetiu, descrevendo cada palavra.
Isso não parecia normal. Naturalmente, esta era a minha primeira vez em ser presa, mas me aquietei. Cheirei o ar interrogativamente. Isaac tinha um cheiro sobre ele, mas eu não poderia dizer de que lugar era. Eu não costumava diagnosticar as coisas pelo cheiro.
Após vários minutos, Isaac estava totalmente em estrada aberta. Ele grunhiu como se satisfeito e em seguida encontrou meus olhos no espelho novamente.
― Que vergonha, Camila. Uma menina como você, sua vida inteira pela frente, joga tudo fora por se envolver em um círculo de escravidão branca. Até matou seus avós para encobrir o que estava fazendo. É trágico.
― Oficial canalha. - Eu disse claramente: ― Vá se foder.
― Boquinha suja. - Isaac riu. ― Mas eu não estou surpreso, vindo de você. Você estava indo vender sua mãe para esse tipo de escravidão, não estava?
― Você tem de ser estúpido. - Eu comecei furiosamente, e depois parei, tomando outra respiração profunda. Isaac sabia demais, e agora eu sabia o que era aquele cheiro.
Neste momento Isaac girou sua mão, eu me lancei para a frente do carro. Sua arma disparou, mas a bala rasgou o banco de trás, em vez de mim. O carro desviou perigosamente quando Isaac tentou seu objetivo novamente. Eu bati sua cabeça no volante. Nós nos movemos para o lado da estrada, felizmente vazio, devido à hora adiantada, e eu agarrei o volante para nos impedir de bater. Quando Isaac olhou, segundos depois, atordoado e sangrando, eu tinha a sua arma apontada para ele.
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Night Huntress (Camren G!P)
FanfictionA meia-vampira Karla Camila Cabello está indo atrás dos mortos-vivos com sede de vingança, esperando que um destes demônios sem batimentos cardíacos seja seu pai. O responsável por arruinar a vida de sua mãe Sinuhe a décadas atrás. Ela é capturada...