Capítulo 2- algumas semanas depois da mudança

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Agora, já com um emprego fixo, ia a cafeteria todos os dias no fim da tarde e, consequentemente, me aproximei mais de Lia. Era sexta-feira a tarde quando saí do serviço e passei, como de costume na cafeteria.

-Boa tarde Jonas!- falou Lia com aquele sorriso radiante enquanto trazia meu café.
-Boa tarde Lia.- eu sorri levemente e bebi um pouco do café, logo retomei a conversa- Eu estava pensando... Quer sair comigo amanhã a noite?
-Como um encontro?- eu sorri de lado ao ouvir ela e assenti, logo um sorriso se abriu em seu rosto.- Quero, e para onde vamos?

Penso em lugares bons pra levar uma mulher pra jantar num sábado a noite, o restaurante na esquina da mesma rua da cafeteria me parecia um bom lugar.
-Que tal aquele restaurante da esquina? A comida de lá parece boa.
-Me pega às 20:00- ela disse e sorriu indo atender outro cliente, saí da cafeteria e entrei no meu carro dirigindo pra casa onde voltei a trabalhar. O caso das pessoas desaparecidas "sem vestígios" estava me deixando cada vez mais intrigado, já faz um mês que estou morando aqui e até agora parece que nada se encaixava. Mas eu estava focado em descobrir mais coisas daquele caso não importa o tempo que levasse.

(...)

Comecei a me arrumar às 19:30, seria tempo suficiente pra me arrumar e buscar a Lia no trabalho. Optei por uma camiseta do Arctic Monkeys, uma jaqueta de couro falso marrom, uma calça jeans preta e um All Star preto, talvez estivesse informal demais mas não dei tanta importância pra esse detalhe, às vezes é bom se vestir do jeito que gosta, e não como as pessoas gostam que você se vista. Passo a mão no cabelo pra ajeitar um pouco e saio de casa pra me encontrar com a Lia, chego uns 7 minutos depois de sair de casa e a encontro parada na frente da cafeteria vestida com uma calça jeans rasgada e uma blusa cinza básica, ela arrumou os óculos no rosto e olhou para dentro do carro com certa dificuldade por causa dos vidros escuros, eu abri um pouco a janela do passageiro e a olhei.

-Oi.-disse simplesmente.
-Oi, vamos de carro? O restaurante é logo ali na frente, Jonas!- ela riu e eu concordei.
-Vamos, depois eu te deixo em casa.

Ela entrou e eu dirigi poucos metros até chegar no restaurante, deixei o carro no estacionamento e entramos no restaurante.
A noite depois dali foi ótima, ao menos para mim, nós dois conversamos sobre nossos gostos, rimos e, claro isso não podia faltar, fizemos piadas de pessoas da cidade. Ela tinha me contado que morava com a mãe, que sempre morou na cidade desde pequena, saiu por um tempo da cidade quando estava fazendo faculdade mas voltou quando seu pai faleceu pra ficar com a mãe, e também disse que amava escrever mas não tinha um livro publicado ainda. Wow, faz tempo que não me divirto desse jeito, pensei. Ao final do nosso encontro eu a deixei em sua casa e fui pra minha, ainda estava totalmente sem sono então fiquei lendo um pouco sobre o misterioso caso daquela cidade e percebi um padrão nos registros de desaparecimento...

The Dark forestOnde histórias criam vida. Descubra agora