Era quase metade da primavera, o clima já estava mais quente e nenhuma novidade do meu caso... Mandamos buscas na floresta mas por algum motivo os cachorros paravam no meio do caminho e começavam a chorar ou latir e...Bom... Não tinha nada nesse lugar que pudesse nos ajudar. Seja lá o que causou o desaparecimento dessas pessoas era muito bom em esconder pistas, mas eu ia encontrar essa "coisa". Estava certo disso.
Lia e eu agora estamos namorando, eu conheci a mãe dela quando fui um dia almoçar na casa dela e, pelo que parece, ela tinha gostado de mim. No mesmo dia desse almoço eu a pedi em namoro e ela disse sim, eu fiquei tão feliz por minha vida naquela cidade estar melhor do que eu jamais imaginei. Agora tenho uma namorada linda, inteligente, engraçada e um emprego com o que chamei de "O Caso da minha vida". Não estava tão obcecado assim com o caso pois tinha outras coisas pra me preocupar agora, mas algumas coisas ainda me deixavam intrigado, como os desaparecimentos pararam do nada? O que tinha a ver o tempo entre os desaparecimentos? Era um dia com uma temperatura boa, nem muito frio nem muito calor, estava tomando um café enquanto fazia alguns relatórios quando um dos policiais me chama dizendo que tem um rapaz esperando para falar comigo e ele alegava ter novidades sobre o meu caso. Fui até onde o rapaz estava, ele não devia ter mais do que vinte e poucos anos, pedi que o mesmo me acompanhasse até uma sala, me sentei a frente dele e abri meu bloquinho pra anotar o relato.
-Qual seu nome?-eu perguntei vendo que ele estava nervoso demais para iniciar o diálogo.
-Alex.
-Então, Alex, me diga o que você viu na floresta.- me ajeitei na cadeira com o bloco e o lápis em mãos.
-Eu estava com meus amigos acampando na floresta e me separei deles por um tempo, e eu tava parado encostado em uma árvore quando ouvi barulhos de galho quebrando, pensei que fossem pássaros mas quando procurei com o olhar vi duas... coisas verdes pairando no ar... Foi muito esquisito...
-E tem certeza de que não eram vagalumes?
-Vagalumes não fazem barulhos do jeito que aquela coisa faz.
-Estava sobre efeito de alguma droga? São perguntas que tenho que fazer então peço que por favor seja sincero com as respostas.-ele apenas moveu a cabeça fazendo que não.
-Bebida alcoólica?-perguntei
-Sim, tomamos um pouco de cerveja.
-Certo, mais alguma coisa sobre aquela noite?
-Por pouco aquela coisa não me pegou, eu saí correndo sem olhar pra trás e só parei quando cheguei no acampamento, meus amigos ainda não acreditam em mim, acham que eu inventei tudo como uma história de terror de acampamento... Ah e isso não aconteceu há pouco tempo... Foi mais ou menos há uns 2 meses e meio eu acho.
-E por que decidiu contar a polícia só agora?-Falei sem tirar os olhos do meu bloquinho.
-Porque achei que não iriam acreditar em mim... Mas depois que vi a quantidade de pessoas desaparecidas senti que precisava contar.
-Certo. Obrigado por sua ajuda.-ele assentiu e saiu da sala logo depois de mim. Pedi para um policial acompanhar ele até a saída e fui até a sala do meu chefe.Bati na porta e logo ouvi sua resposta indicando que eu podia entrar, entrei, fechei a porta atrás de mim e me dirigi até a mesa dele com o relatório em mãos.
-Um garoto veio aqui para falar sobre meu caso e me deu esse depoimento.
Disse e entreguei os papéis na mão dele que leu em alguns minutos e logo em seguida riu.
-Isso só pode ser piada! Ele não estava sobre efeito de drogas?
-Não. Apenas ingeriu bebida alcoólica.
-Histórico de algum problema mental?
-Nenhum foi citado... Mas podemos contatar a família.
-Faça isso. Monstros na floresta, quantos anos ele acha que você tem?-ele riu e eu sai da sala.
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The Dark forest
Mystery / ThrillerJonas acaba de ser demitido e se muda para uma pequena cidade, que aparentemente não tem nada de especial, até que várias pessoas que vão acampar na floresta somem misteriosamente... E não é só uma ou duas pessoas que somem... são dezenas! Jonas dec...