Now United - The Central Bank

Capítulo 4

Mais um cap, não esqueçam de mostrar pros migxs

Boa leitura!

(Sina - 16 de Fevereiro 06:24 am / Dallas - Texas)

A previsão de Kyle estava certa que as cinco horas eles já estavam pousando no aeroporto de Dallas, cidade um tanto quanto rústica, com vários bares, pessoas com chapéus de cowboy, usando botas de couro e calças apertadas, ostentando grandes camionetes e todas sempre bebendo, não importava a hora do dia, sempre se via alguém com uma cerveja na mão, o que era bem comum no local. Kyle tinha ficado no aeroporto com alguns funcionários do local para abastecer e fazer vistoria do avião. Enquanto isso Marcos já tinha ido pegar um táxi a caminho de uma pequena lanchonete que ficava bem perto da estrada principal para sair da cidade, o lugar vendia principalmente cerveja, mas estas horas eles vendiam um pequeno conjunto de café da manhã. Marcos já tinha tudo friamente calculado, quando chegou na área externa do local, viu uma jovem loira sentada com um moletom e um óculos de sol na mesa tomando seu café tranquilamente. Marcos pediu um café, pagou e foi sentar na mesa em que a jovem estava.

- Será que eu posso me sentar com você? - perguntou Marcos educado com uma voz dócil e com um sorriso fofo no rosto, o típico idoso sociável que nós já vimos algum dia, mas sabemos que isso é só uma ceninha para Sina não sair correndo, já que é isso que ela vive fazendo.

- Claro, fique a vontade - disse ela olhando o homem à sua frente com uma expressão simpática no rosto.

- Eu sempre vim aqui com minha esposa, mas ela me largou, e eu não gosto de ficar sozinho - ele disse vendo Sina o olhar com pena - Eu devia ter parado de apostar em corridas, talvez ela ainda estaria comigo hoje. Você se parece com ela - disse Marcos vendo Sina o olhar admirada.

- Se somos parecidas espero que tenha tido bons momentos com ela - disse Sina com um sorriso no rosto, ela viveu tanto tempo com medo das pessoas, que pela primeira vez em meses, estava se sentindo muito feliz de ter uma conversa normal...até o momento era uma conversa normal.

- Sim nós tivemos. Ela é formada em engenharia por pressão da família, mas o sonho dela sempre foi mais a área de ciências sabe; biologia, botânica...química - ele deu uma pequena ênfase na última palavra vendo Sina o olhar surpresa - Ela sempre fazia cada mistura louca lá em casa pra tirar qualquer tipo de sujeira - ele disse dando uma pausa e tomando um pouco de seu café - O pior era só o cheiro mesmo, tanto que ela usava máscara, certeza que um dia aquilo mataria alguém - Marcos finalizou vendo a sua frente uma menina imóvel e pálida ao ouvir sua última frase. Quando ele sentiu que ela iria sair correndo dali, decidiu abrir logo o jogo.

- Eu não estou aqui pra te julgar Sina, eu sei o que você fez, e sei o que é ser abandonado por quem se ama. Mas se puder me dar uma chance, eu juro que consigo te ajudar a ganhar dinheiro e mudar de vida pra uma que até mesmo seus pais sentiriam inveja - disse Marcos olhando Sina que prestava atenção em cada palavra dita, a garota era tão esperançosa e um pouco desesperada de que conseguiria uma vida melhor um dia, que aceitou de primeira a proposta feita por Marcos, nem mesmo ele esperava que seria tão fácil. Ele ia saindo da mesa quando viu Sina arrumando seu capuz e óculos escuros em seu corpo, provavelmente voltaria para seu quarto frio, onde ela passava grande parte do tempo.

Marcos voltou para o aeroporto onde Kyle já o esperava com o avião preparado e todos os tanques cheios para irem para sua próxima parada. Ele não demorou mais que uma hora e meia com Sina, então daria para ver a próxima pessoa no mesmo dia.

(Sabina - 16 de Fevereiro 04:37 pm / Tijuana - México)

Depois de algumas horas de viagem, que teria uma duração muito maior caso Kyle não tivesse implorado para usar o turbo do avião. Finalmente chegaram em Tijuana, uma cidade bonita no México, mas bastante perigosa pelo intenso narcotráfico e enormes cartéis de drogas que existiam no local. Marcos e Kyle tiveram que ser o mais discretos possíveis para encontrar sua próxima "ajudante", já que os dois sempre andavam com correntes e relógios caros, dessa vez eles andariam apenas com suas roupas sem nenhum acessório... apenas suas armas na cintura caso fosse necessário. Andaram um pouco na cidade até que viram uma casa antiga com as cortinas tapando as janelas, era lá que eles precisavam ir. Chegaram na frente da casa e bateram na porta algumas vezes, depois de alguns minutos sem resposta, uma moça alta com uma intensa cara de sono aparece para atender a porta.