Adam Wood poderia facilmente ser confundido com um anjo. Portador de uma beleza inegável, chamava atenção com seu jeito singelo e pelo silêncio inquietante que deixava por onde passasse.
Mas Adam Wood definitivamente não era um anjo.
Problemático. E...
Me dê uma razão para ir Todas as vezes que estou indo embora Eu posso ouvir você me dizendo para voltar Sunflower - Post Malone
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Adam Wood
Viro-me para ela e instantaneamente nossos olhos se cruzam. Seu olhar é ameaçador, e ao julgar pela sua postura, sei que ela está fodidamente brava comigo. No entanto, mesmo com a expressão fulminando de raiva, ainda continua gata.
Espera aí, quem é esse filho da puta segurando ela?
Sinto a raiva queimar e borbulhar em mim. Permanecemos encarando um ao outro enquanto eu tento falar qualquer coisa. Vasculho meu cérebro desesperadamente mas não sai nada. Absolutamente nada. Permaneço preso na estática do momento assistindo a cena à minha frente. Meus lábios se movem na tentativa de formular uma frase mas são subitamente interrompidos pela porra do beijo desesperado deles. As mãos dele percorrem por todo o corpo dela.
Um mês Adam.
Você sumiu por um mês, porra. O que você esperava?
Minha raiva triplica ao imaginar Sky se esgueirando do quarto dele, com o cabelo bagunçado de quem acabou de transar e os lábios inchados. Por um segundo eu só quero socar esse imbecil, mas não vou fazer isso. Saio rapidamente dali e esbarro em diversas pessoas ao meu redor. Foda-se.
Quando estou prestes a abrir a porta do meu carro, escuto um "puta que pariu" e sei exatamente de quem é.
Chris.
Me viro para ele enquanto ele vem com todo ódio para cima de mim. Atrás dele Olivia, Audrey e Liam saem depressa do bar e suas expressões mudam repentinamente ao me ver. Senti muita falta deles.
— Puta que pariu, Adam. Caralho, você sumiu por um mês. Porra, eu pensei que você tava morto ou algo do tipo. Que merda cara! — se existe um fato incontestável sobre Chris, é a sua capacidade de proferir palavrões em todo e qualquer momento. — Seu imbecil. — ele continua. Seus olhos se fecham e por um momento eu penso que... Droga, ele vai chorar? Nunca o vi assim. Me sinto fodidamente culpado. Chris e eu nos conhecemos desde que éramos moleques bagunceiros que só queriam encher o saco dos pais. Mal posso imaginar a tamanha preocupação que ele teve.
— Ele estava vivo. — me apresso a dizer. Sei que eles vão saber exatamente de quem eu estou falando. As mãos de Chris sobem pelo cabelo castanho claro. Conheço essa mania.
— Adam, o que você fez? — ele diz.
— Eu cheguei tarde demais. — suspiro. — Ele tinha falecido há cinco dias atrás quando eu encontrei o irmão dele. Chris, eu precisava conferir, precisava saber se aquele filho da puta estava levando uma vida boa enquanto meu pai e eu sofríamos pela perda delas. Conheci o irmão dele, e não nos damos nem um pouco bem, descontei meu ódio nele, mas pelo visto ele era um completo babaca, assim como o cara que tirou a vida de minha mãe. Descobri que ele estava dirigindo bêbado e eu simplesmente... — minhas palavras falham.
— Eu precisava saber, cara. — digo suspirando.
Chris se aproxima com rapidez e me abraça forte. Ele nunca foi muito carinhoso ou apegado a nada nem ninguém, então simplesmente aproveito o momento e retribuo o abraço do meu melhor amigo. De repente sinto mais braços ao nosso redor. São eles. Minha segunda família.
— Sentimos sua falta. — Liam diz e solta um soluço audível.
— Liam... Você está chorando mesmo cara? — Audrey diz e todos começamos a rir.
— Não começa, Audrey. — ele sorri.
As coisas podem estar desmoronando ao meu redor, mas sei que eles estarão sempre ali para me dar suporte e me ajudar a me reerguer. Assim como eu faria o mesmo por cada um deles.
— Tá bom, tá bom, chega de grude. — Chris se separa do emaranhado de braços. Afinal, é o Chris.
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Eai gente! O capítulo de hoje foi curtinho, mas tem mais coisas por aí! Muita coisa vai acontecer ainda. Fiquem atentos!
