☆ (40) azul é a cor mais quente

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Passaram-se três dias eu em casa, não saia da cama para nada, só para tomar banho que inclusive era humilhante ter que tomar banho pelado na frente de sua própria mãe. Isso só era normal ate uns dois anos de idade ou menos. Mas com dezessete anos era demais. Tinha que tomar banho com cuidado para não danificar os pontos. Recebia café da manhã, almoço e janta na cama, adorava ser mimado. Mas a verdade é que estava com saudades de ser mimado novamente pela mamãe, odiava quando ela fazia isso, mas no fundo eu amava o jeito que ela me tratava como se eu tivesse dois anos.

Os pontos não se curraram por completo, mas implorei a minha mãe que me deixasse ir ao colégio, que não iria fazer esforço que meus amigos iriam me ajudar em tudo. Ela concordou, e nessa manha estaria de volta a minha rotina. Tomei banho sozinho, já tinha pegado o jeito, me arrumei, tomei café da manhã com a mamãe enquanto ela lia uma revista de moda. Despedir-me dela e fui a caminho da porta, e ao abri vi um carro preto, e um cara vestido de preto com óculos escuro, me assustaram e imediatamente fechei a porta voltando rápido para a cozinha.

(Z: Mãe.. a senhora viu que tem um carro lá fora?)

(Angelina: Sim, eu sei –continuou bebendo café)

(Z: tá certo! Mas isso significa o que?).

(Angelina: seu pai contratou um motorista partícula para você)

(Z: e a senhora concordou com isso?)

(Angelina: De imediato não, na verdade ele comprou aquele carro para você, mas como sei que você detesta dirigi, então agora você vai e volta com segurança.)

(Z: Eu não quero isso!)

(Angelina: Sabe que isso não é questão de escolhe, né?)

(Z: certo vou aceitar porque a senhora pediu, tchau que estou atrasado)

Me despedi e sai de casa.

(Motorista: Bom Senhor Zayn Malik – diz ele todo serio)

(Z: Já começou errado, bom dia. Sem senhor e sem Malik, Zayn já esta de bom tamanho. E muda o tom porque você não esta falando com o papa)

(Motorista: Desculpe-me sen.... Zayn..)

(Z: sabe falar gírias?)

(Motorista: não sen.. perdão)

(Z: ok, eu vou voltar para a porta, e quando chegar aqui você vai me receber com sorriso e dizer a seguinte frase: “colé pivete, iai dormiu bem? Brota no carro que a nave tá pronta para voar” alguma dificuldade?)

(Motorista: Nenhuma!)

Voltei para porta e ele fiz tudo que eu pedi, gaguejou um pouco mas entendi. Odiava ser bajulado, ser tratado como um “rei” ninguém merece se humilhar tanto assim para manter o emprego. Entrei no carro e ele me levou para o colégio.

(Motorista: Estarei te esperando)

(Z: onde?)

(Motorista: aqui;)

(Z: não, pode da uma volta.)

(Motorista: perdão, mas sigo ordens.)

(Z: e quem dão essas ordens?)

(Motorista: o senhor..)

(Z: pois então o senhor ordena que você dê uma volta e volte no horário que o colégio libera. Toma- estiquei meu celular – coloca aqui seu numero que lhe ligo quando tiver saindo)

Ele pegou o celular e colocou “motorista”.

(Z: serio? Motorista? Que criatividade. Qual o seu..- fui interrompido com o barulho da sirene tocando anunciando que já era para todos esta dentro do colégio. – deixa pra lá, eu te ligo!)

ENTRE DOIS CORAÇÕES [ 1/2 ] *não revisado Onde histórias criam vida. Descubra agora