☆ (36) chocolate branco

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Zayn

Tinha perdido total noção de quantos dias estava ali naquele antro morrendo de frio. Mas se não me enganava se passou três dias, contei pela quantidade de vezes que aparecia um raio de sol por um buraco depois de uma noite escura. Estava frio demais, parecia que estava no topo do Everest.

Estava sofrendo, Cherly tinha conseguido me atingir, ela criou a queda, a falsa gravidez... dessa vez ela pode consegui me afasta do Igor. Espero que ela não desista de mim, que não encontre outro alguém, e que pior... não pense que eu o deixei...

Não estava passando fome. Na verdade, estava sim. Só comia uma vez por dia, uma comida horrível, parecia estrume de porco. Arroz grudento um feijão com gosto azedo e uma carne crua que sentia o sangue escorre pela minha boca, era nojento, mas se eu quisesse sair daqui teria que colabora com tudo que eles pedissem. Virei literalmente a cachorrinha de Cherly.

(Cherly: espero que esteja curtindo sua estadia)

(Z: claro que estou contente!)

(C: acho tão lindo o jeito que você consegue agir com deboche mesmo sabendo que está fudido)

(Z: debochando? Eu? Magina, por que não me solta, ai posso lhe mostra como se DEBOCHA!)

(C: relaxe meu querido. Você só sai daqui depois de anos, ou quem sabe morto..)

(Z: QUE? TÁ PENSANDO EM ME MATAR? Você sabe que todos estão me procurando, né? Meu pai está me caçando e logo ele vai me achar e seus dias de glórias terminaram)

Mentir, duvido muito qur depois de tudo que eu disse, aposto que ele não vai mover uma pedra se quer para tentar me achar.

(C: não me importo com quem te procura, contanto que Igor te esqueça.)

(Z: Igor nunca vai me esquecer!)

(C: aposto que ele vai te esquecer quando eu dizer que você fugiu com outra pessoa!)

(Z: Igor não vai acreditar nessa mentira! - sorri ironicamente)

(C: ele vai acreditar quando eu mostra essa foto!)

ela desbloqueia o celular e me mostra uma foto eu em um carro sentado com óculos escuro beijando um menino que eu nem se quer conhecia. Ela tirou essa foto justamente quando estava desmaiado e colocou um óculos em mim. Admito, esse plano foi incrível. Até eu acreditaria nessa merda!

(Z: DESGRAÇADA - fiz força para tentar me livra das costas que estava amarrada sobre meu pulso e pés)

(C: que feio zayanzinho, traindo seu "namorado" ou eu digo MEU NAMORADO?)

(Z: PUTA MERDA, VOCÊ É MALUCA PRA CARALHO VÁ SE FODER.)

(C: que feio falando assim)

(Z: vá se foder! Merda! Aceita que Igor não te quer mais! Você já sentou bastante nele que ele já cansou e procurou outras pessoas. Aceita que você perdeu o jogo sua psicopata! Não vai ser me afastando dele, ou criando uma falsa gravidez que vai fazer o Igor te amar, sua vadia)

Senti meu rosto arder na hora me fazendo cair junto com a cadeira.

(C: nunca mais ouse falar comigo assim! Eu e Igor vamos ficar juntos queria você ou não. Já me estressei bastante com você, seu merda!)

A desgraçada saiu sem ao menos me levantar. Ótimo, estava preso, com frio, com fome, com raiva dessa demonia e agora teria que ficar desconfortável até ela volta aqui para me humilhar mais e mais. Respirei fundo e tentei dormi.

Acordei com um barulho de correntes, não sabia que horário era. Estava escuro não conseguia enxergar nada, ainda estava caído no chão com a cadeira, a sala literalmente estava escuro, como disse só tinha um raio de luz naquele quarto. Que só ficava claro quando a cherly vinha e acendia as luzes.

Sentir a cadeira se movimentando fazendo eu volta a posição de antes. Estava muito fraco, não aguentava passar mais um dia naquele lugar. Estava cabisbaixo e sonolento. Até ouvir uma voz baixinho.

(... : ei, consegue me ouvir? Ei, acorda!)

Não sabia de onde vinha isso então abri os olhos e vi que o raio de sol estava guiando para um rosto, deduzo que é um rosto porque o raio parou justamente no olho, era azuis bem lindos, sorri tão bobo vendo isso, nem sabia o motivo da graça.

(...: está com fome?)

Respondi com a cabeça devagar e chorando muito

(...: xiiiu! Não faz barulho! - Consegue comer sozinho?)

(Z: você percebeu que eu estou com as mãos amarradas?)

(...: eu não sou cego. Eu que te amarrei)

Aaaaaaaaaa, nem passou pela minha cabeça que a demonia tinha pedindo ajuda para alguém. Também, ela não era tão inteligente para fazer isso tudo sozinha.

(Z: e está me ajudando por quê?)

(...: cala a boca, e abre a boca!)

Fiz o que ele pediu e sentir um gosto doce, que saudades do gosto de chocolate branco. Suspirei como alívio sentindo aquele gosto e conseguindo retira o gosto do estrume que estava comendo.

(...: toma, enche a boca que eu vou ter que ir.)

Ele literalmente intupiu minha boca de chocolate, agradesci e ele me trancou novamente. Comi tudo e voltei a chorar, se um dia eu sair daqui eu vou beber um rio de canudinho para me hidratar, porque eu estou desidratado de tanto que eu choro esperando que alguém me encontre.

ENTRE DOIS CORAÇÕES [ 1/2 ] *não revisado Onde histórias criam vida. Descubra agora