XI - It was a wicked and wild wind

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Boa Leitura!
#OlhosBrilhantes
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Eu não conseguia dormir. A insônia tinha decidido segurar em minhas mãos e não me largar durante uma noite inteira. E eu não sabia ao certo se mãos da insonia era figurativas ou eram as de Jeongguk.

O assassino.

Eu não era alguém completamente contra as mortes, mas eu sinceramente acho que elas somente são necessárias em uma guerra. E não, Jeongguk não estava em guerra para matar tão cruelmente e tranquilo o Ministro da Guerra.

Eu tentava por em minha mente que o ministro era ruim, ele merecia, mas eu pensava em tudo ao redor. Ele era ruim, por quê? Por não concordar comigo? Que tipo de hipócrita eu sou, que se alguém não concordasse comigo eu ia matar.

Eu tentei por em minha cabeça que não era culpa minha, e sim de Jeongguk. Eu não tinha nada haver com isso, certo? Droga! Eu me sentia mais horrível ainda ao pensar nisso. Em minha mente por a culpa no Jeongguk era querer apagar meu erro nisso.

Eu era tão babaca, quanto todos os que eu julguei. Mas, eu tentarei ao máximo, não cometer esse erro novamente. Por favor, não cometa mais esse erro, Jimin.

Após remoer tanto, quando dei por mim, Jeongguk já estava se mexendo na cama, e as estrelas aos poucos começavam a sumir, sendo substituído por um céu azul escuro que aos poucos ficava claro. Isso só podia significar que estava entre as cinco horas em ponto.

— Bom dia, você está bem? — Jeongguk pergunta passando seus braços em meu corpo, me deixando meio sem jeito.

Tire suas mãos daqui, isso não é certo.

— E-Estou, e você? — Pergunto me virando para ele tirar suas mãos de mim.

— Voce não dormiu. — Ele diz ainda com seus olhos fechados.

— Que? Como sabe disso? — Digo surpreso e olhando em seu rosto. Curioso.

— Eu senti, por algum motivo estranho mesmo eu dormindo, eu senti seu coração. Ele estava inquieto demais, batia em uma frequência inimaginável. Além de que eu escutava sua respiração, era rápida.

Jeongguk se levanta e vai até a pequena varanda que tinha no meu quarto. Ela dava para uma paisagem de todo o reino, de tudo o que o sol tocava. Eu o segui para ver o pequeno espetáculo de luzes que o sol nos proporciona aos poucos.

— Você sonhou com minha insonia? — Pergunto mais curioso com o que ele disse.

— Eu não sonhei, eu só acordei sabendo que sua respiração estava inquieta, e que seu coração batia rápido. Foi como uma lembrança de algo que eu não vivi. — Ele diz mordendo os lábios. Pelo visto, nem para Jeongguk isso fazia sentido.

— Estranho...

O guarda, que até então, era meu novo amigo, passa suas mãos pela a minha cintura e me olha seriamente. Seus olhos carregavam uma galáxia imensa e ao mesmo tempo, dolorosa. Eu não entendia como, mas seus olhos conseguiam carregar uma nuvem escura que podiam esconder todo o brilho do seu olhar. Era como uma luta entre ser feliz e ser realista.

Me parecia muito doloroso. Por isso, inconscientemente, ponho minha mão em sua bochecha e faço um carinho de leve ali, tentando passar um conforto que eu nao sabia ao certo se ele precisava.

Eu só sentia que ele precisava disso...

Está tudo bem, ok? — Digo passando minhas mãos em sua bochecha, e involuntariamente, chego mais perto dele.

Nossos rostos estavam perto um do outro, cada um com as mãos em uma parte de nossos corpos, e mantendo um olhar fixo, sem que eu nem mesmo soubesse se piscávamos. Estávamos em uma conexão que eu nunca tinha visto ou sentido antes, eu somente sentia um vazio enquanto olhava para os seus olhos.

Viva el Rey | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora