Segundo Ciclo

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Boa leitura!
TAG: #OlhosBrilhantes
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— Você acha mesmo que vão fazer isso? — Pergunta Hoseok apressado andando até a frente do palácio real.

— Eu não sei, Hoseok, mas se fizerem, eu vou usar o código de emergência e esteja preparado para chamar ele. — Passo minha mão em seu ombro tentando tranquiliza-lo.

Tinha dado certo? Eu não sei. Se passou dias desde que eu tinha mandado eles para uma investigação apurada. Minhas esperanças estavam mortas até então, tudo o que tinha era uma vaga resposta de que "estavam investigando ainda", mas sinceramente, eu nunca confio que alguém está me ouvindo. Eu não acho que seja possível alguém me ver no meio do mundo.

Eu sou só uma peça no jogo, ou pelo menos deveria ser. De modo convencional, era para meu corpo caísse ao lado do futuro rei, mas pro algum erro divino, eu era o rei. Isso é tão estranho, para todos, até mesmo para mim. Mesmo que deveriam deixar todos chegarem a experimentar o poder, sem distinguir castas e classes, porém, o mundo não é tão simples.

Isso...mesmo que seja uma mudança fantástica ao meu ver, já que eu gosto muito do meu posto, ainda sinto certa estranheza. As vezes me pergunto se não deveria me casar e dar o reinado nas mãos de algum outro rei, como todos dizem. Porém, ao mesmo tempo me digo que mudanças são dolorosas, mas necessárias, então me mantenho firme, mesmo com o sentimento de querer voltar para atrás.

Por todo esse sentimento estranho e doloroso de quebrar algo que foi ensinado desde pequeno, eu entendo a forma como todos não me ouvem. Nenhum ômega deveria ser escutado antes. Então, me conformei com o possível não de minhas provas.

É ainda mais estranho pensar que alguns meses atrás eu não pensaria assim. Talvez eu ficaria estressado, me depreciaria, e quem sabe iria pensar em um plano para destruir todo o júri, porém, eu percebi que as coisas não funcionam como uma pessoa quer. As decisões e ocasiões, mesmo que sendo contraditórias, só funcionam em uníssono, não teve alguém que conseguiu fazer com que todos obedecessem, sem ter que fazer elas acreditarem na pessoa. E isso é ser rei, é adaptar as coisas, se adaptar, e sempre ter várias opções, mesmo que um caminho esteja traçado, é sempre bom ter um outro em sua mente.

No final de tudo, eu acho que estou crescendo.

Chegando na frente do grande palácio, encontro o que estava me dando tanta agonia. Os júris. Eu não sabia se eles estão aqui para negar minhas provas, ou quem sabe, dizer que estava certo o tempo todo. Eu, mesmo que querendo acreditar muito na segunda opção, penso que é mais realista a primeira.

— Bom dia, senhores. A que devo a honra da visita dos senhores? — Digo pondo as mãos na frente de meu corpo e as entrelaçando, me dando forças.

— Viemos aqui te informar, vossa majestade. — Ele pega o papel do bolso e começa a recitar em voz alta. — Que sua acusação contra aos ministros do grande palácio...foram aceitas. Poderíamos, por favor, retira-los?

Meu rosto não transparece reação, ou ao menos tento me segurar para isso, mesmo que meus olhos corram para os cantos, arregalados em susto, meu rosto não se move um centímetro. Isso era real? Eu estou realmente conseguindo voz? Eles me escutaram e vão punir covardes e imbecís. Eu finalmente consegui que me escutassem.

— Podem levar. Pelo o cod.345 eu ativarei o estado de emergência e convocarei novos ministros agora.

— Mas...não precisa de uma cerimônia para isso? — Pergunto um Júri deverás preocupado.

Viva el Rey | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora