The End "13.2"

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O barulho do celular vibrando em cima do seu sofá chamou a atenção de Jungkook enquanto ele se abaixava para apanhar do chão o cigarro que havia tomado da mão de Taehyung mais cedo, e agora não passava de um embolado de cinzas.

Era perigoso deixar aquilo ali, Ada conseguia ser muito curiosa.

Ele sentiu uma pontada nos ossos no quadril, assim como as coxas e a bunda dolorida. As fodas insaciáveis têm seu preço. Mas fora isso, os hormônios de felicidade no seu cérebro estavam a mil agora, melhorando 100% seu estado de espírito.

Atônito, o moreno se apressou em juntar a sujeira com as mãos e jogar na lata de lixo embaixo da mesinha da TV. Arrumou a toalha que estava em sua cintura para não cair, seus músculos ficaram tensos ao notar o nome do contato salvo: sua mãe.

Por um momento pensou em deixar tocando, mas se as últimas horas tinham lhe ensinado algo, era que resolver tudo de uma vez poupava bem menos transtornos para sua situação de estresse.

Com esse pretexto, agarrou o celular, respirando fundo e atendendo rapidamente — "Oi mamãe" — murmurou. E logo grudou os olhos no corredor para ver se Taehyung vinha do quarto. Não tentava pensar muito em tudo que aconteceu antes, nem em algumas coisas mais específicas que o fizeram se alegrar, inexplicavelmente. Se sentia preparado para ouvir quase tudo do "certo alguém", menos aquelas malditas três palavrinhas que a humanidade fez questão de atribuir tantos sentidos vitais ao longo dos anos. Eu. Te. Amo. Naquele momento, elas poderiam significar algo vazio, apenas para dar intensidade ao momento.

Ou poderiam ser verdadeiras no sentido carnal, Jungkook não acreditava tanto no simbolismo por trás delas, mas poderia aceitar se viessem da boca de Kim Taehyung.

Esses pensamentos sobre o dito cujo sumiram da sua cabeça no momento que a voz da progenitora veio, animada, do outro lado da chamada.

"Jungkook!" ela exclamou "Você não me liga nunca! Quantas vezes vou precisar reclamar disso?"

Ele se jogou de costas no sofá, sentado.

"Desculpa mãe" deu a única resposta que ela realmente aceitaria.

"Tudo bem? Temos uma surpresa para você" ela cantarolou, esticando as palavras.

Uma ruga se formou no meio das sobrancelhas de Jungkook, como um ponto de interrogação invisível.

Mal conseguia imaginar nada vindo dos pais além do dinheiro para as contas fixas.

"Ah... O que é?"

"É surpresa." ela riu alto em seu ouvido "Vamos chegar na hora do jantar, podemos ir no seu restaurante favorito. Seu pai conseguiu até me surpreender." ela brincou, de bom humor.

Jungkook acabou sorrindo também "Ah, já devo agradecer?"

Não se sentia tão ansioso para vê-los no entanto, ainda mais com os nervos à flor da pele, como se encontravam agora.

"Você vai adorar! Agora que é responsável o suficiente, já estava na hora."

"Tá me deixando curioso mãe." Era incrível o jeito de como a aura de Jungkook melhorava apenas com a perspectiva de ganhar alguma coisa.

O que poderia ser? Talvez um outro apartamento melhor localizado? Uma casa onde não iriam precisar pagar mensalmente a moradia? Sabia que a mãe não ficaria tão felizinha assim por pouca coisa.

Sua atenção foi roubada em algum momento por Taehyung, que surgiu arrumando o cinto sobre calça. Vestia apenas uma camiseta branca antes de colocar a camisa espessa de frio e os casacos. Os seus fios vermelhos úmidos deixaram um rastro róseo pelo tecido alvo, comprovando o quão recente havia sido a aplicação do tonalizante.

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