3 - Sonho

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Era tudo tão estranho pensar que de uma hora pra outra tudo poderia mudar, tudo poderia ser diferente, mas ao mesmo tempo igual, talvez tudo isso fosse apenas uma peça que a vida dá ou talvez fosse o destino que já estava traçado.

O plano inicial de Taehyung era fugir junto com Jungkook e irem até a casa de acolimento onde sua avó estava morando, ou deveria estar, não tinha certeza se seriam bem recebidos, mas não custava tentar.

A cerca de um ano, Taehyung havia recebido uma carta escrita por sua avó e endereçada ao local onde a mesma estava, a carta basicamente dizia que ela estava bem, mas não poderia mais cuidar de seu neto, por questões de saúde, mas que ainda tinha vontade de rever Taehyung, depois desse dia as cuidadoras do orfanato levaram o mais velho até o asilo onde a genitora de sua mãe estava, e a mesma se encontrava um pouco debilitada, mas ainda forte, foi uma visita rápida e o Kim nunca poderia se esquecer de uma das últimas frases que ouviu de sua avó: "Nunca se esqueça dos seus sonhos, eles são sua única esperança".

[...]

Depois de Seulgi chamar um táxi, cerca de 20 minutos o mesmo chegou, claro que o taxista estranhou uma mulher toda encharcada e dois garotos juntos da mesma, mas não falou nada, durante todo o percurso a única coisa que ouviram foi a Kang explicando o percurso para o motorista, as vezes a mulher olhava para os meninos e sorria, ainda tinha o rosto um pouco marcado pelo choro recente, logo depois Jungkook adormeceu, o caminho até a casa de Seulgi era um pouco longe de onde estavam.

Taehyung olhava pela janela e ficava pensando no que devia ter acontecido para que Seulgi tenha ficado tão desnorteada, ao ponto de andar sem rumo na chuva em uma madrugada já que claramente estava bem longe de casa, mas logo seus pensamento foram cortados quando percebeu que o carro tinha parado em frente a um pequeno prédio que não devia ter mais de quatro andares e mesmo com a chuva forte notou ser um pouco velho, logo a Kang abriu a porta junto a um quarda-chuva, e pegou Jungkook que ainda dormia no banco, no colo mais a mochila e pediu para que o Kim a acompanhace próxima a ela, mas antes deles entrarem Seulgi se virou para taxista.

- Coloque a conta da viagem no nome do senhor Choe, por favor - o motorista pareceu não gostar muito, mas mesmo assim escreveu alguma em um tipo de caderninho e deu partida no carro.

[...]

Nesse momento Taehyung que já havia acordando, olhava pensativo pela janelinha do pequeno quarto que estava, Jungkook ainda dormia tranquilo no colchão, no chão, já que Seulgi alegou ter apenas uma cama de solteiro em seu quarto, mas que logo iria providenciar mais camas para os meninos.

Taehyung pensava em como sua vida tinha mudado, ainda não entendia como uma desconhecida tinha tido coragem de trazer duas crianças para sua casa, ou melhor dizendo, como duas crianças tinham tido coragem de acompanhar uma mulher que andava sem rumo na chuva. Enquanto isso observava a rua que parecia ser pouco movimentada, as casas eram todas no mesmo estilo meio antigo, não havia reparado muito quando chegou, e no final da esquina tinha uma padaria, o dia havia amanhecido ensolarado diferente da madrugada chuvosa.

O Kim continuava divagando quando ouviu uma movimentação na sala e depois escutou Seulgi, que provavelmente estava falando no telefone. Não conseguia ouvir direito o que a mesma falava, apenas algumas frases como, "não acredito que ele vez isso comigo", "ele vai pagar caro por isso", "encontrei duas crianças na rua"," não sei o que fazer agora" e "estou desesperada".

Taehyung ainda não compreendia o que essas frases queriam dizer, apenas que havia os encontrados e que estava desesperada, na cabeça do mais velho talvez ela estivesse arrependida de ter trazido dois garotos para sua própria casa e que tinha apenas sentido pena dos meninos naquele momento, e que claramente ela tinha problemas psicológicos. O Kim parou de pensar quando viu Jungkook se movimentando e dando sinais que já estava acordado.

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