Marília se aproximava com passos lentos e curtos, pela sua aparência estava meio cabisbaixa. Estava tentando entender o que tinha acontecido, pois raramente Marília estava triste. Como eu já tinha dito, eu sentia algo muito forte por Marília, quando ela estava próxima a mim era como se um outro lado meu revivesse e despertasse algo que era impossível, ou talvez só difícil de controlar mesmo. Mas era algo que eu não tinha com outras garotas ou garotos, era só com ela...( Marília : Oli, eu preciso de você. Eu preciso de você comigo ... ), Marília falou aquelas palavras com voz de choro e trêmula.
( Oliver : como assim ? Vamos entrar, lá dentro você me explica melhor. Ok ? ), falei isso pegando na sua mão e a levando para dentro da minha casa, estava preocupado e queria saber mais o que estava ocorrendo.Já dentro de casa...
( Oliver : o que está acontecendo? Vi que você não está com a feição boa. )
( Marília : Eu estou num abismo e não sei como voltar, estou aprisionada a uma pessoa e você já deve saber quem é ... ), depois de ouvir essas palavras da Mari, não demorei muito até chegar a breve conclusão de quem estava a destruindo.
( Oliver : O que foi que o Marcus fez com você ? Eu avisei a você que ele não era um cara bom, mas você insistiu.), estava jogando a verdade na cara dela, afinal às vezes é necessário, para aprendermos e não repetir.
( Marília : É Oliver, mas é fácil falar quando não é você que está sobrevivendo de migalhas, para um mendigo as migalhas são um verdadeiro banquete. É difícil, mas sei que você é o melhor conselheiro e vai me ajudar como sempre.), em um tom meio frio e calmo, Marília terminou suas palavras com um pedido de socorro, e eu não poderia negar essa ajuda, mesmo que antes eu já tinha alertado. Afinal todos erramos...
( Oliver : Primeiramente você tem que se afastar dele, ficar perto de quem você precisa esquecer é só mais um abismo sem fim. Mesmo que isso seja difícil, e doloroso a recompensa vai valer a pena. Sua sanidade mental deve ser melhor que ... ), falei aquelas palavras andando, mas logo fui surpreendido por um puxão e logo em seguida um beijo, Marília tinha me agarrado.
Eu não sentia sempre o mesmo tesão e nem a vontade que eu tinha com meninos, quando ia ficar com meninas. Mas Marília, parece que tinha o dom de me enfeitiçar e me hipnotizar com o cheiro dela, cheiro que já conheço e toda vez que é apreciado, causa um estrago. Um estrago que faz uma bagunça que para repor tudo no seu devido lugar, da trabalho. É difícil.
Suas mãos em volta da minha nuca, fazendo ela ficar na ponta dos pés, seu cabelo estava tão cheiroso que eu delirava e esquecia do que podia ou não podia acontecer. Seus lábios pequenos e vermelhos ao tocar os meus ficaram úmidos, minha língua em sintonia respondeu indo de encontro com a dela.Eu não podia fazer aquilo, a algumas horas estava em um momento perfeito e único com Ícaro, estaria traindo ele ? Surgiam as paranóias na minha cabeça, até que ... os nossos dentes se batem e fazer a maior dor em ambos. Nos separamos e logo a realidade veio à tona, não poderia beijar Marília. Beijar ela era jogar faísca em um lugar pronto para uma explosão.
( Marília : por que você parou ? Não foi bom relembrar o passado ?) senti maldade na fala de Marília, parecia que tudo aquilo era uma forma dela me usar novamente. Sim, a Marília já me usou, e eu bobo de amor cai na isca.
( Oliver : Você sabe que beija bem, mas eu não quero ser seu cachorrinho de novo. Aprendi que não posso viver em função dos outros.), parecia tranquilo na fala, mas por dentro estava desesperado e não sabia o que fazer pra tirar ela dali.
( Marília : deixa de besteira, você sabe que eu não te usei, afinal você estava apaixonado e eu também. ) , suas palavras soaram com um tom de ironia e logo depois de terminá-las, soltou um riso de deboche.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Com amor, Oliver (ROMANCE GAY)
RomanceEsta é uma história de muito romance. Aonde Oliver é o personagem principal, e seus amores, amigos e família são coadjuvantes. Oliver sofre com a pressão da família por ser um menino de 17 anos que não namora, pelo menos não com meninas. A família n...