Capítulo 23 - O Ataque dos Cães.

148 27 28
                                    

A volta daqueles que já morreram, um céu vermelho banhado de sangue, um mistério não resolvido e um conto de terror que ainda não foi contado, essa era a cidade Hanville.

O que antes era uma cidade pequena e normal, agora já não podia se dizer o mesmo.

Ainda naquela noite macabra, Louis caminhava pela a rua, segurando sua câmera. Havia acabado de sair de um ensaio fotográfico no qual ele fez pra tentar espairecer a mente.

Ele revisava as fotos enquanto caminhava, mas o uivo dos cães do inferno que estavam sendo emitido por todas as partes da cidade, despertou a sua atenção.

Ele levantou a cabeça, olhou por cima de sua franja e se virou de um lado para o outro.

Não havia ninguém na rua, a não ser ele.

Uma névoa branca, começou a sair por detrás das árvores e a ir em direção a rua vazia.

Louis olhou para o céu e viu as nuvens vermelhas. Observou que ao longe, raios começavam a se formar por dentro delas, porém o rosnar de um cão, chamou a sua atenção.

Ele desviou os olhos para a árvore do outro lado da rua, enquanto o poste começava a piscar.

Uma fumaça de frio saiu por sua boca e ele foi se afastando aos poucos, enquanto o rosnar se aproximava.

Olhando bem para névoa, Louis conseguiu ver dois olhos vermelhos.

A pata do cão, se pois a sua frente. Louis nesse momento viu as costas do cão em carne viva e pulsante.

Naquele momento, o rosto do cão do inferno se mostrou e o garoto fotógrafo se assustou, se afastando ainda mais rápido.

- Que porra é essa?! - Disse Louis assustado, enquanto o cão com certa familiaridade se aproximava dele.

Louis sem muita reação e com as mãos tremendo, apontou a câmera para o cão queimado e disparou o flash.

O cão por sua vez, ficou irritado e gritou, soltando seu imenso uivo e rosnar para Louis, que então percebeu outros olhos vermelhos aparecendo por detrás da mesma árvore.

- Caralho! - Sussurrou Louis, assustado.

O garoto tomou impulso e começou a correr, derrapando algumas vezes no asfalto molhado.

Os cães começaram a correr atrás dele, enquanto o mesmo gritava por socorro.

O desespero de Louis era grande, ele se virou algumas vezes e tentou cegar os cães com o flash de sua câmera, mas isso os irritava ainda mais.

- SOCORRO! SOCORRO! - Gritava Louis, pela a rua vazia e coberta pela névoa.

Ao virar na próxima esquina, ainda com os cães o seguindo, Louis viu ao longe um homem e se viu cercado, sem ter para onde ir.

Louis, olhou de um lado para o outro e pensou literalmente que aquele era o seu fim.

Os cães saltaram em sua direção, Louis com o susto, caiu ao chão e cobriu seu rosto com os braços.

Foi então que o som de algo se queimando, pôde ser escutado por ele e ao tentar retirar as mãos de seus olhos, ele viu uma imensa luz por cima de seu corpo, enquanto uma rajada de vento lhe envolvia.

Louis engoliu seco e olhou para direção da luz que era emitida e tentou ver quem a jogava.

Não podendo ver quem era direito, ele reconheceu a sua silhueta e sussurrou.

- Harry?!

No meio da imensidão de luz, Louis foi surpreendido com um cão que tentou abocanhar o seu braço, mas logo foi queimado diante dos seus olhos, com a outro raio de luz que o transformou em cinzas.

O SEGREDO CELESTIAL Onde histórias criam vida. Descubra agora