•07•

1.2K 102 3
                                    

Espanha
Casa da moeda,
20 horas de roubo

P.o.v Alice Mendes
As coisas estavam correndo bem, nós estávamos ganhando tempo, e olha a frase tempo é dinheiro nunca foi tão literal.
E cara que dinheiro.
A cada hora a gente imprimia oito milhões de euros.
De cada mil e quatrocentas placas de papel moeda, a quenta cortava cento e quarenta mil notas de euros.
Agora eu Denver, Berlim e Washington estamos olhando os reféns, todos ainda estavam dormindo, o sol começava a iluminar o salão principal.
E tudo estava tão calmo que o plano parecia que ia de vento em popa.
O professor era nosso Big Brother, ele controlava o telefone da polícia e dezoito câmeras.
Então, se alguém quisesse nos ferrar, iríamos saber muito tempo antes.
Estamos fazendo turnos para vigiar os reféns, as entradas e é claro, a produção.
Depois da primeiras 20h as rotativas já tinham cuspido 52 milhões de euros.
Então naquele momento a gente pensou que tudo ia dar certo.
Mas a paz era só a calmaria antes da tempestade.

Algumas horas depois

Naquele momento eu sentia que algo
poderia dar errado, mas segui com o plano.
eu, Rio, Tokyo, Berna, Berlim e Denver foram para o lado de fora com uma refém, para "passar alguns recados"
Eu, Rio, Tokyo e Berna estamos na escada um pouco atrás de Berlim, Denver e Mônica, caso algo de errado e comece um tiroteio.
A Mônica falou tudo o que tínhamos escrito, então voltamos para dentro.
E por uma puta sorte ninguém atirou em nos.
Voltamos para nossos trabalhos, mas antes Berlim passou um de seus recados diários.
Estávamos escolhendo alguns reféns para cavarem, e foi aí que uma mulher começou a chorar.
Berlim perguntou se ela gostaria de um calmante, e depois perguntou aos reféns se eles precisavam de remédios.
Uma pediu remédio de diabetes, outra ante depressivos e a Mônica pediu uma pílula de aborto.
Berlim concordou e disse
—Paris e Dallas levem elas para a sala de segundo comando para ficarem mais a vontade — ele diz e nós duas concordamos
Já estávamos saindo quando a ovelhinha, vulgo Alisson Parker disse
—Desculpa mas eu também tenho um pedido — fala e o Berlim vai até ela.
A menina sussurra tão baixo que na distância que eu estou não consigo entender. Mas seja lá o que for o Berlim negou.
Ela diz que enganaram ela, a levaram para um banheiro, tiraram uma foto nua dela e postaram. Mas que puto babaca.
Berlim fala que ela pode gravar um vídeo dizendo que está bem para não se preocuparem é apenas.
—Nairóbi alegria, Dallas e Paris levem-nas agora — ele aponta e saímos da sala.
Depois de deixar elas lá falei para a minha irmã cuidar delas, e então voltei para o salão central.
—Dallas, eu e a Tokyo vamos levar a ovelhinha para gravar o vídeo dela, fica aqui com o Berna e o Helsinki — diz o Rio
—Beleza — falei e os três saíram.

P.o.v Sophia Mendes

Eu estava cuidando das moças até que começo a observar o lado de fora, onde dava pra ver a tenda da polícia.
Estava tudo tão parado e calmo...
Isso está me cheirando a problema.
De repente, Berlim entra na sala.
—Berlim, há algo de errado — eu falo
—O que ? — ele pergunta sem me dar muita atenção
—A polícia ta quieta demais, acha que iriam nos deixar ganhar tanto tempo sem nos arrumar nenhuma dor de cabeça?
—Relaxa Paris, tá tudo certo — ele fala sem dar muita bola

Quebra de tempo,
20 minutos depois.

Lembram que eu falei que meu dom de observar tudo e todos iria nos ajudar?
Meu sentido estava certo, tinha dado merda pro lado de alguns de meus companheiros.
Berlim recebeu uma ligação do professor e mandou chamar eu, Rio e Tokyo.
—Você estava certa Paris, havia algo errado. A polícia tem o rosto da Tóquio e do Rio, e logo teram o meu, e sabe se lá de quem mais.
—É eu sei, mas porque me chamou aqui também?
—Você cobre todo e qualquer tipo de rastro não é? — eu acento—Muito bem. Então você com ajuda do Rio ira hackear o sistema da polícia, antes que eles possam publicar essas fotos, impedir que imprimam, irá excluir qualquer cópia e os caralhos a quatro todo.
—Mas ela não sabe nada sobre computação — diz o Rio, cruzando os braços
—Quem disse de não sei— digo olhando para o mesmo.
Eles apenas se calam e eu e Rio nos redirecionamos a sala de Arthuro, onde tinha um notbook.
Eu pego um pendrive de meu bolso e redireciono a cabine USB do computador.
—O que é isso?— pergunta Rio segurando meu braço antes que eu colocasse o pendrive.
—Um vírus que impedirá a polícia de rastrear o sinal do notbook, hackear e fuder com todo nosso esforço.
Ele solta meu braço, eu coloco o pendrive e abro o computador.
Em minutos ele estava completamente inrastreavel.
Rio hackeia a central da policia e seus computadores, um por um, e assim, apago tudo, dados, fotos, cópias, backup, tudo.
—A pirralha é bem eficiente.— diz Berlim e o olho com um olhar mortal —Era só brincadeira, você foi muito boa, se não fosse por você estaríamos fudidos
—Só fiz meu trabalho — falei dando de ombros e sai.

La Casa De Papel - The New HistoryOnde histórias criam vida. Descubra agora