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Espanha,
Toledo.
24 de maio de 2016

P.o.v Alice Mendes

—E pensar que todos os dias os jornais vão ficar falando da gente, que cada família desse país vai ficar se perguntando, o que estamos fazendo ? E sabe o que todos vão pensar ? Que filhos da puta, Porque não tive essa ideia — diz o Professor, fazendo o Denver rir.
Professor, sem ficha criminal, a última fez que renovou a identidade tinha 19 anos, para todos os efeitos um fantasma, mas um fantasmas muito inteligente
—Porque não vamos roubar o dinheiro de ninguém — ele diz olhando no fundo dos nossos olhos — Porque precisamos da embatia deles, e isso é fundamental, é fundamental que tenhamos a opinião pública do nosso lado. Vamos ser a porra dos heróis dessa gente — continuamos em silêncio, escutando o professor com total atenção —Mas muito cuidado, porque no momento em que houver uma gota de sangue, e prestem atenção nisso, se tiver uma vítima que seja, a gente deixa de ser Robin Hood para sermos simplesmente uns filhos da puta
—Professor ? — falei levantando a mão
—Senhorita Dallas
—O que vamos roubar ?
—A casa da moeda da espanha — ele diz apontando para a mine maquete no fim da sala

Meses depois
Dia do roubo

P.O.V Sophia Mendes

Depois de meses e meses de explicação, revisão de plano, estamos aqui, prestes a cometer o maior roubo da história.
O professor sabia que só tinha um jeito de entrar na casa da moeda da espanha com três tonaledas de equipamentos e armas, teria que ser pelo caminhão que entrava toda semana no prédio com as novas bobinas de papel moeda prontas pra impressão, e era isso que a gente ia fazer...
—A gente vai ter que ficar mesmo com isso na cara? —pergunta o Rio com a máscara de Dalli na mão.
—Não, não, vamos ficar com isso no joelho. Claro que é na cara né o animal, a não ser que você queira entrar com a cara a tapa e ter seu belo rostinho em todos os jornais.—digo em um tom sarcástico e irônico, fazendo Nairóbi e Denver rir.
—Ai ta bom, mas não tinha uma máscara melhor? Olha, ela não da medo.-diz colocando a máscara.
—Mas e se um cara com essa máscara, apontar um fuzil no seu peito, e ai ? Vai dar medo ? — o Washington fala, apontando a arma para o Rio, com a máscara na cara.
—Ou, ou, se essa porra atira se vai ve a merda que isso vai virar —digo abaixando o fuzil do peito de Rio.
—Aiin belo rosto — diz o Denver tirando sarro do que eu tinha dito anteriormente sobre o Rio.
—Vai se fuder Denver
—Ain fico bravinha foi?
—Olha aqui cara...
—EI EI EI, cala boca os dois, caralho —diz minha irmã, Alice me interrompendo.
Depois de muita briga e confusão, estávamos alí, assaltando o caminhão de carga, para entrar com ele na casa da moeda da espanha...
—FICA QUIETINHO AI
—CALA A BOCA
—ABRE ESSE CARALHO AGORA, VAI!
Só eu que não aguento esses idiotas gritando?
Eu como sempre tendo que ficar de suporte, carregando as armas, etc e etc.
Eles ainda não confiavam em mim pra ficar com os reféns, acham que eu sou muito mole pra apontar uma arma pra alguém, então eu ia digirir o caminhão.
—CUIDADO PRA NÃO CAPOTAR ESSA PORRA AI CARALHO — Denver diz, na tentativa de me irritar, e eu apenas o ignoro—POR UM ACASO SE TEM CARTEIRA DE MOTORISTA PRA CAMINHÃO? — fala  gritando no meu ouvido me distraindo.
—E VOCÊ TEM AUTORIZAÇÃO PRA CARREGAR UM FUZIL POR AI? NÃO NÉ? NINGUÉM AQUI TEM AUTORIZAÇÃO PRA NADA, AGORA CALA A BOCA CACETE — gritei, fazendo o mesmo parar
As vezes era melhor ta assaltando a casa da moeda com crianças de 12 anos, porque é praticamente com quem a gente está lidando, perto de certas pessoas.

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Era agora... Estavamos prestes a entrar na casa da moeda da Espanha.
Após abrir a porta do caminhão e pisar ali, meu coração bateu mais forte, pensei em que tudo ali ia mudar, eu estava fudendo a minha vida, mas, eu não tinha nada a perder mesmo... uma perpétua a mais ali ou aqui, não iria mudar nada.
Mas, o que eu queria mesmo, era provar pra eles que eu teria coragem de estar fazendo aquilo tanto quanto qualquer um ali, e eu iria provar.

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