Capítulo 1

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A vida em Londres tem sido uma correria e tanto, eu mal tenho tempo para mim mesma quem dirá para amigos. Não é a vida que eu sempre sonhei pra mim, mas é uma chance de dá início aos meus planos. Quem diria há quase três anos eu estava em Portland, Oregon uma cidade a qual morei desde que nasci, tive altos e baixos, passei por poucas e boas, passei por humilhações e vergonhas, mas hoje tenho uma vida a qual eu não diria ser a minha preferida, mas o começo de uma nova.
Acreditaria se eu dissesse que me casei com o Thomas? Sim, me casei. Ele é um homem bom literalmente, me ama e cuida de mim com tanto amor e carinho como jamais ninguém foi capaz de cuidar, meses após nosso casamento descobrir que ele e o idiota do Julian são irmãos, que reviravolta heim!! Eu sei são muitas coisas para assimilar, mas eu consigo. Charles, meu garotinho sapeca! Está todo sábado aqui com a gente, não sei se o Julian se sente arrependido do que fez comigo mas ele agora vive me elogiando e deixando o Charles comigo. Eu sou uma pessoa que não guarda rancor, eu acho. Mas é difícil esquecer cada palavra a qual ele jogou em mim naquele dia.

Estava em meu quarto, acreditariam se eu falasse que o Thomas me deu um quarto só pra mim? Ele disse que não queria fazer nada em que eu não tivesse disposta a fazer. Então quando eu estivesse pronta para ele, apenas o procurasse ou pedisse para que levassem minhas coisas para seu quarto, o nosso quarto. Desde que casamos só tivemos três noites de transa, eu não gosto de me sentir retraída, mas eu não sinto nada com ele, nem sei se o amo, então prefiro manter um certo ponto de distância.

Estou tão perdida em pensamentos que ao despertar dos meu devaneios dou de cara com Lana me olhando.

_ Olha só o que acabou de chegar....

Ela me mostra um buquê de rosas vermelhas e estende sua mão para que eu pegue o cartão que provavelmente veio junto com as flores. Sem hesitar puxo o cartão de sua mão e logo percebo a caligrafia do Julian, recuo imediatamente rasgando o cartão, deixando seus pedaços cairem sobre o chão.
Lana me olha sem entender o por que daquilo, mas se ela passasse por tudo que eu passei naquele 17 de Maio ela faria o mesmo que eu.

_ Maluca, totalmente maluca! Por que fez isso ? Você nem ao menos olhou o que estava escrito.

_ Não preciso, nada que venha do Julian é bonito! Até essas rosas parecem mais feias. Se quiser ficar com elas fique, pois se ficar comigo irão pro lixo!

Lana me olha perplexa sem saber de onde veio tanto ódio por Julian, eu não contei nada do que aconteceu naquele dia, na verdade contei mas omitir metade das coisas que ele me disse.

_ Margareth isso é passado, seja lá o que o Julian tenha feito a você é passado!

_ Pois pra mim é como se ele tivesse feito agorinha!!

Caminho lentamente até minha cama, me sento na beira da mesma e me inclino um pouco até meu criado mudo onde pego um livro e subo mais na cama afim de me sentar a vontade.

_ Tudo bem, já sei que não quer conversar! Vou deixa- la sozinha com seus pensamentos.

Ela sai batendo a porta, ela deve ter ficado com raiva mas não posso me dá o luxo de perdoar o Julian, não depois do que ele fez.

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