Capítulo 8

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Pov: Margareth

Já faz dias que estou trancada nessa droga de casa. Julian sai todas as manhãs e só volta tarde da noite, o cheiro em seu corpo sempre é de perfume barato, cigarro e bebida. Às vezes penso que ele não me ama mais. Hoje é uma manhã de domingo e estou aqui sozinha e trancada em uma casa empoeirada e fedendo a morfo.

Sem muitas opções de atividades, tive a ideia de limpar esse muquifo que Julian insisti em chamar de casa, pois de acordo com ele foi aqui que encontrou paz na sua patética vida inútil. Estava quase escurecendo e a melodia que soava era apenas o tic tac do velho relógio cuco na parece, não entendo como alguém pode amar isso.

Estava jantando quando escutei o rangido da porta abrindo e em seguida risadas e passos, Julian trouxe uma mulher pra casa. Os passos estavam próximos a cozinha e logo me levantei ao ver quem estava com Julian, eu não pude acreditar no que eu estava vendo, era mentira, uma piada do destino.

_ Olá, Margareth!_ seu sorriso era perverso, talvez um dos piores em que já vi.

_ La....Lana, você.... você_ eu não queria ficar assustada, mas por algum motivo eu fiquei.

_ Boa noite, querida! Vejo que arrumou algo para fazer._ disse Julian, logo pondo um sorriso falso no rosto.

Ele agarrou a cintura de Lana e a beijou em minha frente, eu juro que tive que me segurar na mesa para não cair ali mesmo. Era difícil engolir uma pessoa que se dizia minha melhor amiga beijar o homem que eu sempre amei. Ele se separaram e sorriram pra mim.

_ Não se importa em dividir seu homem comigo não é melhor amiga?Sabe, é estranho dizer que você é minha melhor amiga quando na verdade eu nunca fui nada sua ao não ser inimiga._ ela se aproximou de mim e acariciou meu cabelo em seguida só pude sentir a dor de ter minha cabeça chocada contra a quina da mesa.

Em instantes minha visão estava turva, minha cabeça escorria sangue e tudo girava e girava, ainda assim pude ouvir as risadas e eles realmente estavam rindo da minha desgraça, juntei minhas forças para perguntar o por que mas foi em vão. Sentir meu corpo ser arrastado

_____

_ Por que Julian, por que?_ falei em sussurro de voz rouca. O sangue grudado em meu rosto e também em meu cabelo.

_ Por que você matou....

_ Eu não matei ninguém.

_ Desgraçada, você matou sim. Você matou nosso filho, você jogou nossa vida no lixo.

_ Julian... eu nunca estive grávida e você sabe disso. Eu não estava nem no meu ciclo fertil, quem dera engravidar!

_ JULIAN NÃO ACREDITE NELA!_ gritou Lana da escada. _ Ela é uma mentirosa, ela matou o filho de vocês e agora está tentando te enganar.

_ Para com isso Lana, você sabe que eu nunca fiz isso. Você sabe que eu não posso ter.....

_ MENTIROSA!!!_ gritou Julian a medida em que eu agonizava de dor ao sentir a faca adentrar meu abdome e o sangue brotava em minha boca e escorria por meus lábios.

Vi lágrimas preencherem os olhos de Julian, no exato momento em que ele puxou a faca de dentro de mim.

_ Me desculpa, me desculpa meu amor! Por favor, por favor me desculpa.

Lana desceu a escada correndo e veio até mim chorando e me abraçando.

_ Eu não te odeio, eu só queria que o Julian me amasse e parasse de ter persegui. Por favor não morre, você é a única amiga que eu tenho. Eu sei que exagerei ao bater sua cabeça contra a quina da mesa mas não queria que você visse Julian me beijando de novo. Eu amo muito você!eu juro que não foi minha intenção. Julian faz alguma coisa ela tá morrendo. __ ela beijou minha testa e calmamente me abraçou.__ eu não sabia que ele seria capaz de te esfaquear, eu mentir pra que ele confiasse em mim, para que eu pudesse te tirar daqui.__ disse baixinho em meu ouvido enquanto soluçava.

E tudo o que pude ver foi Lana chorando e Julian me pegando no colo e então, tudo ficou escuro.


Capítulo sem revisão

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