capítulo 10

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Me sentir no chão, como alguém pode ser tão cruel desse jeito? E o mais importante, por que eu e não outra pessoa? Eu não conseguia parar de chorar e meus pontos doíam de tanto esforço.

__ Senhora se acalme o detetive já está cuidando disso.__ disse a enfermeira.

__ Eu vou morrer e todo mundo sabe disso, ele vai me matar__ falei aos prantos.

__ Senhora por favor, isso não vai acontecer  controle-se.

Tentei fazer o que ela me pedia mas eu não conseguia e só quando fui sedada novamente foi que consegui ter um pouco de paz. No outro dia eu estava disposta a sair daquele hospital, se havia um maníaco atrás de mim eu não iria correr tal risco. Se passaram três dias e meus ferimentos estavam indo bem, eu já estava sem pontos porém ainda incomodava bastante. Três dias recebendo notícias de garotas mortas e o pior, todas com o mesmo perfil que eu. Meu corpo se arrepiou de medo e eu sabia que uma hora ou outra a próxima vítima ia ser eu.

No dia seguinte estava disposta a ir visitar Julian no quarto dele, ele estava melhorando os médicos haviam dito. Confesso que fiquei feliz em saber disso, mas ele também tentou me fazer mal e aquilo eu nunca perdoaria.

__ Julian...

__ Quem é você ?__ perguntou ele.

Quase tive um infarto alí mesmo até me sentei na cadeira para não cair. Ele não lembrava de mim como pode isso ? Será que havia batido a cabeça fortemente? Estava tudo errado, não era pra isso está acontecendo com ninguém.

__ Não se lembra de mim ? Margareth.

__ Não, eu deveria lembrar ?

__ É que....deixa pra lá.

Dois dias depois enfim estava em casa, não podia fazer esforço mas eu tentava fazer algumas coisas em questão, como lavar uma louça ou fazer uma janta. Depois decidi colocar o lixo pra fora pois segunda o caminhão passava. Estava quase descendo a escadinha da frente quando uma moça chorando veio em minha direção e parou em minha frente.

__ É tudo sua culpa, minha irmã se foi e agora ele vive me mandando bilhete dizendo que sou a próxima.

__ Mas do que você está...

Um tiro disparou de um dos jardins a frente e então outro e mais outro atingindo a moça que caiu ensanguentada logo em seguida.

__ Ah meu Deus, socorro... socorro alguém ajuda...__ gritei até que um dos vizinhos ouviu e disse que ia ligar pra ambulância.

__ Calma, você não vai morrer. Por favor, não morre.

Já era tarde, ela já estava morta em meus braços e eu não pode fazer nada. Pior ainda era saber que tudo aquilo era minha culpa e agora todos estavam pagando. Chorei até que meu peito doesse. Chorei por saber que não importava o que eu fizesse sempre alguém ia morrer por minha causa.

Continua...
Capítulo sem revisão.

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