Mais um dia normal

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Março de 2015

A cidade de Oak Hill amanheceu como quase todos os dias normais... Com um maníaco dirigindo um robô gigante e planejando algo maligno. Nesse caso, era o Doutor Bugiganga, um Sublime tecnopata, capaz de controlar máquinas com a mente, e que também adorava filmes de besteirol e séries antigas, por isso a referência ao clássico. Doutor Bugiganga sempre aparecia com uma máquina diferente, mas com o mesmo objetivo sempre; se vingar do prefeito que havia negado seu projeto de criar robôs que substituíssem policiais. O doutor nunca o perdoou por isso.

Dessa vez, a máquina que ele usava era um robô com seus vinte metros de altura, parecia um megazord aranha gigante. Bem cena de Power Rangers mesmo. Possuía tentáculos e megafones por sua cabeça, fazendo ecoar a voz do Sublime que esta a ali dentro da máquina, em sua cabeça, como de costume, protegida por uma redoma de vidro.

_ Prefeito! A sua hora chegou! Renda-se, ou sua cidade será destruída!

A voz ecoou do megafone, seguido por uma risada maligna extremamente cômica e os sons dos passos pesados e metálicos da máquina, que só parou de avançar quando uma bola de fogo foi lançada em seu rosto.

_ Ai!

Chamou uma voz masculina, ao que o robô virou-se, possibilitando que o Doutor Bugiganga observasse seus clássicos inimigos em cima de um prédio que os deixasse a altura do visor do robô. Um homem japonês relativamente alto e com cabelos vermelhos, preso num estilo que lembrava samurai, segurando uma katana e usando roupas pretas, um casaco, calças e botas, só a camisa embaixo do casaco que era vermelha. Ele olhou ao lado, procurando os outros, mas vendo somente o japonês.

_ Você não desiste não, Bugiganga?

_ Mashiro! Teve a audácia de vir me enfrentar sozinho é?

_ Não que precise de muito pra te derrubar.

_ Está me subestimando? Vai se arrepender disso.

_ Essa eu quero ver...

O japonês suspirou, ajeitando sua postura de modo que ficasse em posição de ataque, com a katana na mão direita acima da cabeça. O doutor Bugiganga apertou um botão dentro de sua cápsula, abrindo um compartimento no peito do robô, da onde foram lançados cinco mísseis pequenos mas obviamente com certo potencial destrutivo. A mão esquerda de Mashiro estava a frente de seu corpo, aberta, e ele fechou os punhos, deixando somente o indicador e o médio erguidos, e se concentrando minimamente, usou sua telecinese para desviar os mísseis, fazendo com que batessem um no outro, explodindo no ar antes de sequer chegarem perto dele.

_ Sério, Doutor? Já teve ideias melhores, sabia?

Um dos braços de aranha enormes do robô se moveu rapidamente para pegar o japonês, que também conseguiu desviar o mesmo com sua telecinese. Outros dois braços vieram, ele desviou um contra o outro, impedindo que o acertassem.

_ Quer me pegar? Duvido que consiga.

_ Não pode usar sua telecinese pra sempre, Mashiro!

_ E nem vou. Sem telecinese, se você me pegar, está livre!

_ Isso é mais um de seus truques?

_ Por que não descobre?

O Doutor Bugiganga era facilmente manipulado por conversas daquele tipo, portanto, foi como se não tivesse escolha, e assim tentou com tudo que tinha, agarrar Kenji com as garras da sua máquina gigante. Kenji era rápido, mesmo sem sua telecinese, e conseguia desviar da maioria das investidas do robô com certa facilidade. Até que em um movimento desesperado, o Doutor Bugiganga duas garras de uma vez contra ambos os lados de Kenji, o que provavelmente o esmagaria. Ele sentiu o impacto, e de dentro do robô, soltou uma risada.

Academia das Estrelas e os Cinco InvencíveisWhere stories live. Discover now