Capítulo 1

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Um dia chuvoso comum nessa época do ano, cada minuto que passava ia ficando mais forte. As gotas de água começavam a bater com violência nas janelas da delegacia, o que me fazia voltar no tempo a 14 anos atrás para um dia como esse

***
As gotas frias da tormenta batiam como tapas frios em meu rosto, meu cabelos assim como minhas roupas estavam grudados ao meu corpo

Tento olhar para o céu e vejo uma imensidão escura com raios ocasionais iluminando o céu

Volto a encarar o corpo a minha frente que estava inerte

Era uma mulher que parecia ser linda com seus cabelos negros espalhado pelo chão, sua boca carnuda estava pintada de vermelho sangue e me pego pensando se sua boca também estava sangrando. Ela vestia roupas normais de uma menina nos seus 20 e poucos anos

Por vezes, se eu não ficasse encarando-a, achava que ainda podia estar viva, já que ela estava com seus olhos abertos e um sorriso em seus lábios de sangue, no entanto, sua cabeça decapitada e os escritos em seu corpo diziam outra coisa

—Taylor!—Minha mae cobre meus olhos com sua mão—Eu disse para não olhar!—Sua voz era de aborrecimento e me encolho

***
—Taylor?—Uma voz me traz de volta dos meus devaneos

—Desculpe, senhor, estava distraída—Digo me virando para o capitão

—Acabou de chegar um chamado da periferia da cidade—Ele diz e eu afirmo

—Estarei indo investigar—Digo começando a sair

—Policial O'Crowley, como foi a prova de detetive?

—Acho que bem, senhor—A algumas semanas eu havia feito a prova da minha vida e os resultados sairiam apenas daqui a 1 mês

—Bom, esperamos boas notícias, policial, afinal, você é uma das nossas melhores investigadoras

—Obrigada, senhor, espero estar à altura desse cargo

—Você está, assim como sua mãe esteve—Ele da tapinhas em meu ombro

—Bom... Estou indo—Digo me afastando e indo na direção da mesa dos meus parceiros—Vamos?

Samanta estava encostada em sua mesa mascando chiclete, enquanto Quin olhava algo no computador

—Achei que você nunca viria-Diz Samanta estalando seu chiclete

—Bom, agora que estou aqui não vamos mais perder tempo—Pego a chave do carro e entramos no elevador—Alguém pode me dar detalhes do caso?

—Pelo o que me falaram ao telefone...—Começa Quin a olhar suas anotações em seu bloco—Uma garota de 18 anos foi morta por alguma substância que colocaram em sua bebida...

—Então foi um caso de ciúmes?—Interrompo ele

—Na realidade, é mais do que isso...—Amanda me da um sorriso de canto de boca—Escuta isso, você vai gostar—Ela estala o dedo para Quin proseguir

—Ele arrancou o coração da vítima e o colocou em uma espécime de pedestal e ainda escreveu algumas coisas estranhas no corpo da vítima

Eu gelo no meu lugar, sinto o mundo girar a minha volta e vou ficando tonta

—Você está bem?—Sam me olha preocupada—Acredito que você viu as semelhanças do caso... Não se preocupe, dessa vez nós vamos conseguir pegar quem quer que seja

Tento acreditar nas suas palavras, no entanto, já faz tantos anos que estamos atrás dessa pessoa e sempre que achamos que estamos perto mais longe ficamos

Entramos no carro e Quin dirige em direção ao outro lado da cidade, um lugar que quase nenhum policial quer entrar, aonde ficam concentrados as maiores gangues, os maiores traficantes e os maiores mafiosos

Observo as ruas desertas, enquanto a chuva cai ruidosamente fazendo tanto barulho que mal posso pensar

Ao olhar para as luzes acesas nas casas que passam tento imaginar o que aquelas pessoas poderiam estar fazendo... Qual seriam suas histórias?

E então olho para o banco da frente e penso na histórias dos meus parceiros

Quin, também conhecido como Joaquin Fernandez Vásquez. Nasceu no mexico, foi criado tanto no México como nos Estados Unidos. Tem 24 anos, cabelos castanho assim como seus olhos, uma pele bronzeada, alto em seus 1:85, e músculos por toda parte, porém não de uma forma exagerada. Sua maior habilidade está no computador, ele podia hacker e encontrar qualquer coisa, porém ele também está bom em luta e tiro

Quin acabou entrando para a polícia depois que um dos caras para quem trabalhava o denunciou para pegar uma pena menor...Não preciso dizer que ele trabalhava para os caras que hoje ele mesmo prende... Bom, um agente do FBI viu suas habilidades e achou um desperdicio deixá-lo preso, então ao em vez disso lhe ofereceu que começasse um treinamento para ser policial e em troca não iria para a prisão. Ele gostou tanto que logo depois fez a prova para detetive e passou

Quando comecei a trabalha na delegacia principal de Londres, fiquei admirada com suas habilidades para achar as mais pequenas e impossíveis provas, porém ainda trabalhando ao seu lado por 6 meses, não o conheço bem

Agora Samanta, ela as vezes pode ser um pouco invasiva demais, mas ela também não é um livro aberto

Samanta para muitos e Sam ou Sammy para alguns. Ela nasceu no Brasil, sua mãe é brasileira e teve um caso de uma noite com um homem de Londres. Ela foi criada sua vida inteira no Brasil, vinha a Londres ocasionalmente nas férias para passar um tempo com o pai

Samanta tem seus 23 anos, cabelos loiro escuro que caiam em ondas quase inexistente, seus olhos eram como pedras de esmeralda. Ela não tinha muito corpo, porém tinha suas curvas e músculos, sua pele era branca, mas tinha seu leve bronzeado

Não sei bem como ela entrou para a polícia, porém ela se destacou tanto na polícia federal do Brasil que quando um agente de Londres teve sua ajuda para resolver um caso a convidou para se mudar para a terra natal de seu pai e sem pensar duas vezes ela largou tudo e veio

Ela não é muito de falar da sua vida pessoal, mas adora saber da vida dos outros, pelo menos ela vinha tentando saber da minha nos últimos 3 meses

—Chegamos—Quin anuncia ao estacionar em frente a um prédio em decadência

Saímos do carro correndo por causa da chuva para a entrada do prédio que cheirava a queijo e a comida podre

—Qual o andar? —Sam pergunta

—2 D

Compôs íamos entrando os moradores nos olhavam com medo ou nojo, alguns se podia notar os olhos vidrados da droga que tinha usado mais cedo, outros cheiravam a álcool. O cheiro de mofo inunda meu nariz e faço uma careta... Como as pessoas conseguiam viver assim? Com pares descascadas, portas caindo aos pedaços, sujeiras por todos os lados

Quando chegamos no segundo andar eu escuto um choro de uma garota e conforme íamos nos aproximando do apartamento 2 D, ele ia ficando mais alto

Quin faz sinal para que parásemos e tiramos nossas armas, então ele faz sinal para que voltássemos a andar até que entramos no apartamento

—Policía!—Grita Quin e aponta a arma para uma menina tão jovem de cabelos negros que soluçava nos braços de um homem

A menina não se mexia, apenas chorava descontroladamente e olhava para suas mãos e logo para uma outra jovem que estava deitada no chão

O homem que a estava abraçando se levanta e se vira para falar com Joaquin, mas assim que o vejo de perfil meu coração para

—Taylor?—Ele me olha surpreso e posso notar as perguntas que rondavam em sua cabeça depois de tantos anos sem nos vermos

—Klaus, o que faz aqui?

Atentado ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora