—Você sabe que civis não podem trabalhar em caso—Falo
—E eu não permitirei—Klaus diz se levantando e enchendo seu copo mais um vez, porém dessa vez colocou mais
—Você não é meu pai!—Serena grita
—Não, porque ele está morto—Klaus diz avançando na direção dela—E você se lembra porque ele morreu? Ou quem matou ele?—Ele diz em uma voz sombria
—Um dos motivos de querer ajudar é isso e o outro é vingar a morte de Érica—Suas lagrimas voltam a cair e o namorado dela a abraça forte
—Baby, seu irmão tem razão—Ele fala calmamente—Você não pode se envolver nisso, não agora—Ele coloca a mão em sua barriga
Os motivos dela me tocam de uma forma profunda, pois ela me lembra a mim mesma quando mais jovem... A sede por vingança que se tenta abafar, porém ela apenas cresce dentro do seu peito até o momento que você tem que começar a fazer algo
—Eu posso tentar falar com meu supervisor, mas não é garantido que possa te colocar dentro totalmente—Falo e sinto o olhar de Klaus me queimar
—Mas que porra você está dizendo?—Ele grita e agarra meu braço me virando para ele—Ela tem apenas 17 anos, não tem maturidade suficiente para isso
—Idade nao significada nada, Klaus—Falo e sei que meu rosto mostra muito mais do que eu queria que ele visse, pois sua expressão vai suavizando—Eu sou quem eu sou hoje, porque a maturidade veio cedo para mim e vejo muito de mim na sua irmã
—Obrigada por isso—Ela pega minha mão e aperta
—Me agradeça quando pegarmos esse assassino—Dou um pequeno sorriso para ela—Agora, deixe-me perguntar—Digo me sentando ao seu lado como uma irmã faria—Você já começou a tomar as vitaminas e a fazer o controle?—Como eu queria que alguém tivesse falado comigo
—Ainda não—Ela balança a cabeça e coloca as mãos de forma protetora na barriga
—Bom, eu vou te indicar uma conhecida minha que é ótima para te acompanhar...Irei enviar uma mensagem para ela para ver se tem uma vaga para ver-lá amanhã , qué tal?—Ela me da um pequeno sorriso e aperta minha mão
—Muito obrigada por tudo—Ela se joga em meus braços e fico sem reação, mas logo devolvo seu abraço
—Não se preocupe, tudo vai ficar bem...—Ela se afasta de mim—Você só precisa controlar as emoções e evitar o estresse
—Resumindo, evitar um dia como hoje—Seu namorado resmunga—Você pode me dar minha arma?—Ele estende a mão para mim
—Você tem permissão para ter ela ou registro?—Seus olhos me fuzilam—Foi o que eu pensei
—Naquela parte da cidade não ter uma arma não é uma opção—Ele diz—Mas...Obrigada pela consulta que você vai conseguir para Serena—Ele fala meio a contra gosto
—Você tem filhos?—Serena me olha com expectativa e um nó na minha garganta se forma junto com algumas lágrimas e antes de responder pigarreio
—Quase tive...—Respondo e as lembranças do sangue na minha cama e as cólicas voltam a minha mente—Porém perdi—Tento sorrir para ela
—Eu sinto muito—Ela me olha com pena
—Eu também, mas isso aconteceu a algum tempo—Digo
Meu celular toca e vejo o nome da mãe de Ágatha aparecer na ela... Aconteceu alguma coisa?
Me levanto do sofá e indico que precisava atender
—Tia Kate?—A chamo assim, porque ela basicamente ajudou a me criar—Aconteceu alguma coisa?