Caímos no mundo sentindo a lua brilhando sobre nossas cabeças, a noite estava com uma beleza misteriosa, fazendo minha mente apitar mais um sinal de alerta.
Apesar de ter dito ao Josh que precisávamos nos divertir, algo me perturba, preocupação? Talvez, mas não posso arruinar a noite do meu melhor amigo, ainda mais sabendo que ano que vem, ele poderia estar bem longe num internato para garotos qualquer.- Hey, o que está pensando? - Josh para de andar e me olha de cima a baixo.
- Nada - minto, não conseguia responder a pergunta exatamente porque não conseguia distinguir o que pensava, eram tantos pensamentos que era impossível citar um. - Só quero chegar e beber logo! E não vamos fazer isso se ficarmos parados aqui.
- Uau, Jonathan Taylor, quem te viu, e quem te vê agora longe da sua mãe! - Ele solta um sorriso malicioso fingindo surpresa e coloca seus braços sobre meus ombros tensos.
A casa de Josh não era tão longe, por isso levamos apenas cinco minutos andando.
Passamos por um posto de gasolina que parecia estar abandonado, com uma loja de conveniência e uma placa escrita nas janelas de vidro quebradas, "Ainda estamos funcionando." em negrito.A música podia ser ouvida de longe, mas não conseguia identificar qual era, então deduzi que pelo volume a escola inteira estaria lá, e ainda mais com a influência de Josh no bairro. Pode até parecer clichê. Mas é a verdade. Ele tinha controle praticamente de tudo, desde as bebidas às drogas, e até as garotas. Todas ansiavam para pelo menos passar uma noite com ele.
Quando chegamos no portão de sua casa, ele puxa um baseado do bolso de dentro da blusa, que brilhava com o reflexo da pouca luz que a lâmpada da rua fornecia. Pega um isqueiro que também estava no bolso, e o acende tragando aquela fumaça prejudicial de imediato.
- Sabe que isso mata, não sabe? -Tiro o isqueiro de metal de sua mão.
- E preocupação também. Se solta John! Você não terá muitas noites como essa, e se você ficar com essa cara de quem viu um fantasma, a gente não vai conseguir se divertir, preciso que se divirta, ok? Ou pelo menos finja. - Josh estava certo, eu precisava afastar aqueles pensamentos e esquecê-los pelo menos por essa noite, se minha mãe queria me deixar preocupado, ela conseguiu.
Tento afastar os muitos devaneios que minha mente criava sem parar. Até vozes eu ouvia. Provavelmente meu consciente estava falando comigo. Mas deixei tudo aquilo de lado e subi as escadas da casa de Josh.
Ele abre a porta de madeira com um empurro forte e grita um "Voltei! " alto chamando a atenção de todos, o que resultou alguns "Uhu's" e gritos abafados de "Agora a festa pode começar".
Meu campo de visão é tomado por várias pessoas desconhecidas, não errei quando disse que estaria lotado, mas não imaginava que estaria tanto. Fiquei desconfortável por um minuto em ver tantos rostos desconhecidos, mas aliviado ao ver Josh me apresentando para todo mundo, eu cumprimentava todos com um aperto de mão, enquanto passava pelo corredor cheio de garotos menores de idade, bebendo como adultos. Que desgosto.Tropeço em algumas garrafas de vodka espalhadas pelo chão, enquanto Josh me puxava incessantemente.
- Quero que conheça alguém. - Ele enfim para de me puxar e me coloca de frente à uma garota loira, bem bonita por sinal. - Essa é Ashley Porter, ela estava louca para te conhecer.
- Olá, Jonathan Taylor certo? Josh tem me falado muito de você. - Ela me cumprimenta com um aceno de cabeça. Sorry not Sorry tocava em mil auto falantes e sua voz saiu abafada, ela segurava um copo mostrando um anel de diamante em seu dedo anelar.
- É, ele costuma falar de mim pelas costas. - Lancei um olhar em questionamento à Josh que me lançara a mesma reação.
Veio ao meu pensamento que ela era uma de suas muitas garotas, mas por que aquele anel brilhava tão forte em seu dedo anelar? Não, não podia ser, Josh se comprometendo à uma garota?
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Pressentidos
HorreurMeus pés bambam ouvindo aquelas criaturas do lado de fora, batendo incessantemente na porta, meu coração bate acelerado como um motor de carro em alta velocidade. Torço para que eles não consigam entrar. Cada batida e grunhido que eles emitem, me re...