❝ ɑccidentɑlly ❞ ➠ chɑesoo

10. Diferente

× Jisoo's Point of View ×

Encarar a bagunça de roupa em cima da minha cama e pensar que terei que arrumar tudo de volta no sítio me faz querer desistir de sair de casa e simplesmente dar uma tampa na Chaeyoung.

Mas isso é por uma boa causa. Ela prometeu que me deixaria em paz se eu fosse em um encontro com ela. E é isso que eu quero, né? Que ela me deixe em paz...

Analiso bem todas as opções e decido optar por uma blusa encarnada com alguns detalhes brancos, uma saia preta com pequenos botões, e meus coturnos habituais. Faço uma make bastante natural, e envolvo meus fios escuros em duas tranças embutidas.

Pego minha bolsa juntamente com meu celular e me preparo para sair do quarto. Assim que abro a porta, me assusto com meu pai na minha frente.

— Nossa, appa, que susto!

— Onde você vai arrumada desse jeito? — ele pergunta me analisando.

— Eu vou... no mercado. — falo a primeira coisa que vem na minha mente, fazendo ele me encarar cinicamente.

— Uhum, sei. — ele fala, me fazendo sorrir forçado. — Se divirta com esse garoto, mas com cuidado.

— É uma garota. — falo descendo a escada enquanto ele me acompanha.

— Entendi. — ele fala. — Se cuide, hein?

— Sim, sim. — rio, saindo de casa finalmente.

Fecho a porta, com um sorriso no rosto. Eu nunca conversei muito com minha família sobre relacionamentos, muito menos sobre uma possibilidade de me relacionar com uma garota. Mas eu sei que isso sempre será completamente normal para eles.

Eu agradeço a todos os santos por eu ter nascido em uma família tão compreensiva e de mente aberta como a minha. Eu realmente amo muito minha família, e às vezes acho que falo poucas vezes isso para eles.

Introduzo a chave na porta, e abro ela de novo, vendo meu pai se sentando no sofá.

— Ei, appa! — falo e ele se volta para mim.

— Oh, você ainda está aí?

— Uhum. Voltei para falar que eu te amo. — falo e um sorriso se abre no seu rosto.

— Eu também amo você, Chu.

Retribuo o sorriso e fecho a porta, saindo de casa, sentindo uma felicidade imensa dentro do meu peito.

Caminho até o café onde combinei de me encontrar com Chaeyoung e para minha surpresa, assim que chego lá, já consigo enxergar os cabelos ruivos da mesma.

Ela usa um vestido branco e lindo, que assenta perfeitamente no seu corpo, e calça um tênis da mesma cor. Seu cabelo está solto e esvoaçando ligeiramente devido ao vento leve da cidade e sua expressão facial concentrada no seu celular, me faz sorrir involuntariamente. 

Porque eu estou sorrindo sequer? Que ridículo.

Me aproximo da mesma, e assim que ela levanta a cabeça, nossos olhares se encontram.

— Oi. — falo, cumprimentando ela.

— Oi. — ela sorri. — Não é seu aniversário, mas você tá de parabéns. — ela fala, me olhando de cima a baixo.

— Limites, Chaeyoung. — falo, fazendo ela rir. — Como você conseguiu esconder os esmurros na sua cara? — pergunto segurando a risada.

— Uma base cara tem que ter alguma utilidade. — ela fala.