Textos antes não lidos

L-I-B-E-R-D-A-D-E

(22/05/19)

L-I-B-E-R-D-A-D-E

"Cabelo ruim", "fuá", "pixaim", "prende esse cabelo" foram os tipos de frases que eu cresci ouvindo. Lá em 2010 fui a um salão para aplicar química no meu cabelo inteiro, porque queria ele liso. Quase 10 anos depois, eu resolvi parar de dar ouvidos a comentários como esses. Com a psicoterapia fui desenvolvendo e crescendo até me tornar uma Bia que não queria mais isso.

Acho que o primeiro passo é admitir que eu também tinha um preconceito com a minha imagem, afinal cresci ouvindo coisas do tipo e ainda viver numa sociedade que reforça isso o tempo inteiro, acabou que eu também reproduzi o pensamento. Até que um belo dia eu disse: não mais...

E ainda bem.

Nem todos os dias foram fáceis, mas eu nunca quis desistir, são raríssimas as vezes que eu realmente desisto de algo, costumo dizer que essa palavra não existe no meu vocabulário.

Se me perguntassem como era meu cabelo antes, eu mal me lembro, uma resistência talvez? Freud explica.

E pouco a pouco eu fui me aceitando, me trabalhando e admirando cada vez mais minhas molinhas, Como eu disse em outro texto: tudo é um processo. Precisei passar por tudo isso para me tornar cada vez mais a minha versão idealizada.

Não há nada errado em ser você mesmo, é algo que eu venho aprendendo cada vez mais. Pare de viver para os outros, viva para si mesmo.

Quer fazer transição capilar?

Faça, no seu tempo. Ninguém é obrigado a seguir o tempo do outro, nem ritmo ou empolgação.

E caso você já fez ou faz comentários como eu exemplifiquei no início...

Nunca é tarde demais para mudar seus pensamentos e ações. Seja empático o suficiente para saber que palavras afetam a vida dos outros.

Nossas palavras tem um poder imenso, use-as bem.