Capítulo 7

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Não dormi nada na noite passada , pensando bastante sobre o que diria a minha família , estou parada na frente do espelho faz meia hora , achando que a qualquer momento uma luz irá brilhar na minha mente e irei ter a perfeita desculpa para a insanidade que inventei , me vem na memória coisas que já ouvi outras pessoas dizerem " você é diferente Mariana " ou " uma moça não pensa desse jeito " e blá blá blá , mas não me importo com o que dizem , sou assim , posso ser e pensar diferente dessas pessoas tão mente fechada , pena que nasci numa época onde as mulheres não tem voz será que daqui a alguns anos isso irá mudar ? Espero que sim . Peço a DEUS   um sinal mas até agora nada , o medo , o nervosismo está quase tomando conta de mim , mas tenho fé que irá surgir alguma coisa , saio do transe quando ouso Maria batendo na porta e chamando-me .

- sim ? - pergunto .

- vossa mãe mandou chama-la senhorita - Maria responde .

- já estou indo Maria , Obrigada ! - é agora Mariana , respiro fundo e reúno  as forças que tenho ainda . Assim que chego no jardim , onde tem uma mesa quadrada , com frutas , sucos , chás , bolos e pães e outras gostosuras que só a Teresa sabe fazer , gostamos muito em tomar o café da manhã ao ar livre , perto desse jardim magnífico e desse sol , fica maravilhoso . Minha mãe quando me vê , abri um sorriso grande .

- Bom dia filha , dormiu bem ? - Dona Hanna pergunta

- não muito , bom dia a todos - falo e quando todos respondem , percebo que o Gabriel não chegou .

- passou a noite sonhando acordada prima ? - Diana pergunta .

- ao menos não foi tomando conta da vida alheia - respondo .

- calma , estou desarmada .

- venha filha , sente-se e venha tomar o seu desjejum - minha mãe pergunta , a cada passo que dou o coração acelera , e o sorriso de Dona Hanna só me faz ficar cada vez mais nervosa , assim que me sento perto dela a mesma já coloca um pedaço do bolo de cenoura no meu prato e pego o suco .

- está tudo bem querida ? - Meu pai pergunta a minha mãe percebendo a sua alegria logo de manhã .

- sim querido - Assim que começo a comer , minha mãe fala .

- família , quero comunicar que a Mariana tem algo muito importante para dizer e quero que todos prestem atenção e sem fazer gracinhas , fui clara ? - minha mãe fala , ela sempre é tão exagerada e dramática mas confesso que a parte do " sem gracinhas " eu gostei , quando descobrirem vai pensar que estou mentindo e fazer algumas piadas mas a verdade é que estou mentindo , então eu mereço como punição .

- Sabia que tinha alguma coisa , você está muito estranha querida , desde que acordamos não para de cantarolar e já estou preocupado , então diga filha - meu pai fala .

- diga menina Mari  , não nos faça ficar nessa curiosidade - madrinha diz . Olho para cada um e percebo a ansiedade em seus olhos , menos na Diana que acha que não é coisa que se deva dar tamanha atenção para o que tenho a dizer .

- É ... - começo a mexer as mãos uma na outra de baixo da mesa para disfarçar o nervosismo - bom ... Eu estava conversando com minha mãe sobre .. - antes de eu terminar de falar , minha mãe diz rápido .

- A Mari tem um pretendente , desculpa filha , estava aflita com a demora e não resisti - percebo a surpresa em todos , até em Diana que para de tomar o seu café .

- o quê ? - Madrinha pergunta.

- isso é verdade filha ? - meu pai pergunta .

- isso é alguma brincadeira ? - Diana pergunta .

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