Jardim de Histórias

Capítulo 14- Congéia

Eu havia atravessado a rua para me encontrar com o S.r. Burns no centro da colmeia, ou mais conhecido por todos como bordel da rua 21. Ele me devia uma grana alta pelos meus serviços, não é fácil deixar alguém em estado de óbito, ainda mais quando se trata de um presidente. 
Meu nome é Cong. de Lolla Engiacong Martinez. A mais conhecida mademoiselle Congeia, assassina de aluguel e detetive, tudo trabalhado na base na habilidades femininas e fragilidade masculina. Talvez eu esteja sendo extremamente inconveniente, mas eu adoro o que faço e sei que faço isso melhor do que posso imaginar, Sem rastros, pistas ou impressões digitais. Eu trabalho com assassinatos profissionais e torturas complexas desde meus 6 anos, quando minha mãe me obrigou a tirar vida do meu pai, mas não se engane, ele havia me estuprado e traído a minha mãe, pois é, as vezes nossa família é a nossa pior fraqueza e pesadelo.

- Você sabe muito bem o que tem que fazer e os motivos dos quais lhe fazem realizar o meu comando.

- O que te faz achar que eu trabalho fielmente á você? Faço tudo por dinheiro e até um pouco de diversão, mas somos todos ratos, meu bem. Se um dia você estiver com o meu queijo, será o próximo.

- Não teria coragem. Está tentando me ameaçar?

- Essa morte vai causar muita repercussão e você sabe disso. Meu nome daqui a pouco, será rapidamente ligado a ela, pelos integrantes de máfias conservadoras e os liberais, independente qual for. Estou botando minha vida em risco, não acha? Por mais uma devoção que darei a um homem. Não estou te ameaçando, eu estou te avisando. Você não é nada.

Me levanto e me retiro do bar, as pessoas são curiosas e os bares são os baús de segredos.
Passei em uma lanchonete para pegar um maço de cigarro, pois estou farta de seguir favores sem nada em troca. Ele me deve muito dinheiro. Não há ninguém melhor, que saiba mais de Burns, um velho robusto e atraente que carrega a expressão de um pai de família com seu bigode e olhos cansados, do que seu descendente. Então, fui atrás de Bernard.

Muito fácil. Mal cheguei e ele já me agarrou para dentro da casa. Os homens que pensam que me têm, são os piores.

- Eu estava com saudades de você..

- Acho lindo da sua parte pensar assim.. Seu filho tem esse mesmo sentimento por ti. - Ele me afasta e se senta na beira da cama.

- Por que sempre tem que complicar as coisas? Você nunca me fala nada sobre você, sobre o que você gosta, como trabalha, com que trabalha, mas tem total direito de se meter na minha vida? - Disse ele com ar de decepção- Assim nunca vai dar certo, Lizzie.

Ele tinha uma certa inocência que me irritava, por isso, seria fácil fazer isso. Eu voltei ele á cama, me sentei em cima dele e sussurrei baixinho:

- Quer me conhecer melhor, Daniel? - Eu disse sorrindo maliciosamente com um ódio por ele estar apertando o meu peito e me forçando pra baixo contra seu quadril. Que nojo.

-Quero...

Eu me aproximei de seu ouvido e me tornei a falar:

- Meu nome não é Lizzie...Trabalho com seu pai e ele fode tão melhor que você...

Eu aperto cada vez mais forte meu katar sobre o seu pescoço enquanto ele faz a cara de assustado.

- Me desculpa, Dan. Você não agrega em nada para a sociedade e nem pra ninguém.. Meu trabalho é exterminar gente inútil como você.

7 anos depois

Decidi voltar por tempo indeterminado á Santa Mônica, Califórnia. Minha antiga casa, por mais ódio que eu tinha a história que eu possuía lá.
Eu tinha uma chama de curiosidade para saber o que se tornou S.r. Burns, depois que ele chorou quando pagou para eu ir embora. Se eu soubesse que eu era mais importante que seu próprio sucessor, teria me matado...
Quando vejo as luzes da Colmeia, começo a sentir um frio na barriga e penso o quanto Michigan é um tremendo imbecil.
Eu desço do taxi e vou direto para o restaurante vintage, onde era meu bordel favorito. Estava vazio. Me sentia como estivesse viva novamente, pois trabalhar no oficio oposto ao que eu tinha, é com certeza uma merda. Virar detetive e policial, nunca entraria nos meus planos. Vou em direção onde era o antigo bar, sendo agora um balcão, sento e peço um copo de vodca.
Quando o atendente olha para mim, me vem um desespero inesperado, um rosto semelhante e muito confortante.